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Inaugurado primeiro laboratório de inclusão digital fruto do Reciclotech

Lixo eletrônico descartado pela população se transforma em acesso à tecnologia para pessoas de baixa renda em programa do GDF
Dentro do laboratório, 30 alunos de 14 a 18 anos vão iniciar e ampliar o conhecimento com aulas semanais de informática e tecnologia da informação| Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Ofertar e dinamizar o acesso à tecnologia a crianças e jovens é uma das prioridades do Governo do Distrito Federal (GDF). Neste sábado (28), foi dado mais um passo neste sentido com a inauguração do primeiro laboratório de informática fruto do programa Reciclotech. A entidade beneficiada é o Instituto Viver Rafaela, localizado no Setor de Indústrias do Gama. O instituto recebeu 15 computadores que permitiram a criação de um laboratório de inclusão digital.

As máquinas foram doadas pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF (Secti-DF). Todas elas foram reformadas, reaproveitadas e transformadas dentro do Reciclotech, um programa que envolve capacitação profissional de jovens, recondicionamento de resíduos eletrônicos e preservação do meio ambiente a partir do lixo eletrônico descartado pela população.

Com o material à disposição, o Instituto Rafaela reformou e disponibilizou uma sala para ensinar e levar esperança e capacitação a crianças e jovens. Dentro do laboratório, 30 alunos de 14 a 18 anos vão iniciar e ampliar o conhecimento tecnológico com aulas semanais de informática e tecnologia da informação. O curso será ministrado pelo próprio instituto e qualquer morador do Gama pode participar. Para isto, basta procurar o Instituto Viver Rafaela pelo número (61) 99646-9055 ou no site da entidade: http://institutoviverrafaela.com.br/.

A inauguração do espaço foi acompanhada de perto por alguns destes alunos, que se mostraram encantados com as oportunidades que estão por vir. São crianças sem ou com pouco acesso a qualquer meio eletrônico, como o jovem Luan Santana, de 10 anos. “Para estudar vai ser bom. Espero aprender bastante aqui para trabalhar quando eu crescer”, projeta Luan, que também vai frequentar o local para estudar e acessar a internet quando não houver aulas. “Quero estudar bastante aqui. Acho que tenho muito a aprender com esses computadores, né?”, vislumbra Arthur Vinícius, de 11 anos, que também será aluno do laboratório.

Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Gilvam Máximo, o laboratório é muito mais do que um espaço de inclusão digital. “É inclusão social, uma vez que essas pessoas não têm condições de acessar um computador e internet e nós estamos trazendo essa oportunidade. É uma honra doar essas máquinas”, destaca.

O Instituto Viver Rafaela foi apenas o primeiro a ganhar um laboratório com equipamentos fornecidos pela Secti. A meta da secretaria é que 100 novos laboratórios sejam entregues em 2021 e que até o final de 2022 sejam doados 40 mil computadores.

O fato de ser o primeiro é motivo de orgulho para a presidente do instituto, Maria Aparecida Bezerra Campos. “Nós trabalhamos com assistencialismo, mas é uma honra que este projeto comece aqui. É uma gratidão imensa ajudar estes jovens e contar com o apoio do governo do DF”, destaca.

Vice-presidente do Viver Rafaela, Gleycyele Campos aponta os benefícios levados a jovens que não têm oportunidade ou meios de se informatizar. “Muitos não têm celular, nem computador em casa. Este laboratório é importante para essas pessoas terem acesso ao mundo tecnológico e usar o espaço para fazer trabalhos, assistirem aulas do ensino à distância e muitos outros recursos. É um processo que começa na infância, passa pela adolescência e permite que essas pessoas se preparem para o mercado de trabalho”, afirma.

Neste domingo (29), o Drive-Thru do Lixo Eletrônico prossegue, mas em outro endereço. Vai recolher materiais no Parque Urbano do Bosque, no Sudoeste. O evento será das 10h às 16h.

A meta da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF é que 100 novos laboratórios sejam entregues em 2021 e que até o final de 2022 sejam doados 40 mil computadores à comunidade | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

“Já chegamos a 50 toneladas arrecadadas. A população abraçou o Reciclotech e vamos trazê-la ainda mais para perto, porque esses computadores vão voltar para alunos e pessoas de baixa renda”, comemora Gilvam Máximo.

Para saber mais sobre o Reciclotech, clique aqui​.

Fonte: Agência Brasilia

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