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Saúde integral da mulher merece atenção no mês dedicado a elas

Exames para check-up são verdadeiros aliados na prevenção e detecção de doenças. Medida ajuda a salvar vidas  

No mês das mulheres, vale reforçar a importância do cuidado integral com a saúde feminina. Praticar atividade física e ter uma alimentação saudável são essenciais, porém, é preciso avaliar, frequentemente, a saúde geral. Entre os cuidados está a realização de um balanço do histórico de saúde, com atenção personalizada e acompanhamento frequente. Para isso, exames de rotina – clínicos, laboratoriais e de imagem – são essenciais como medida preventiva para um diagnóstico precoce de doenças, o que possibilita maiores chances de sucesso em tratamentos.  

Para avaliar a saúde geral da mulher, é indispensável uma consulta com o médico ginecologista – clínico geral do público feminino. Nessa visita, são realizados exames clínicos de rotina. Avalia-se a cor e aspecto da vagina e do colo do útero (exame especular). O médico também realiza uma palpação nas mamas para detectar possíveis alterações.  

Na consulta com o ginecologista também é feita a coleta de uma amostra do material do colo do útero, que é encaminhada para o exame citológico, mais conhecido como Papanicolau. “Por meio desse exame é possível identificar infecções vaginais, infecções sexualmente transmissíveis (IST´s), bem como alterações que podem indicar a presença de câncer”, esclarece a médica ginecologista, ultrassonografista e especialista em saúde da mulher, do Exame/Dasa, Ana Glauce. 

Para complementar os exames clínicos, a médica reforça que alguns exames laboratoriais, como hemograma completo, TSH e T4, colesterol total, TGO E TGP, creatina, glicemia e triglicerídeos, ajudam a mostrar indícios de alterações em alguns órgãos como tireoide, fígado, rins e pâncreas.   

Exames de imagem 

Aliados a esses exames e também essenciais para o check-up completo da saúde da mulher, estão os exames de imagem. Entre os mais importantes, a médica destaca o ultrassom da tireoide (glândula que produz hormônios responsáveis pelo controle do organismo), já que, segundo ela, mais de 50% das mulheres têm alguma alteração na glândula, seja ela focal (com alteração no tecido da tireoide) e que não altera a parte hormonal da mulher, ou aquela que envolve distúrbios hormonais. “A partir desse exame de imagem, conseguimos ter uma avaliação anatômica e morfológica da tireoide, com a possibilidade de identificar possíveis anomalias de forma precoce para uma melhor avaliação sobre a presença ou não de doenças graves, como o câncer de tireoide”, destaca a médica.  

Outro exame de imagem que merece destaque quando o assunto é a saúde da mulher é o ultrassom das mamas, indicado para mulheres de até 40 anos. A partir dessa idade, a recomendação é fazer a mamografia que, aliada ao ultrassom, é possível se ter uma avaliação mais completa da mama. “Na mamografia, conseguimos ver microcalcificações (depósitos de cálcio formados dentro dos tecidos da mama). Algumas podem nos preocupar em relação à malignidade e aí indicamos a punção da mama e o envio do material para a biopsia. Mas vale destacar que a maior parte dessas microcalcificações faz parte do envelhecimento da mama”, reforça a médica Ana Glauce.  

Embora não muito presente na rotina de muitos ginecologistas, o exame de imagem abdominal, por meio do ultrassom, também é visto pela médica como essencial. “Por meio das imagens, conseguimos captar alterações de forma precoce, como, por exemplo, a pancreatite (inflamação no pâncreas) e a esteatose hepática (excesso de gordura no fígado)”, destaca.   

Além de examinar o abdome, é importante também uma a avaliação pélvica, que pode ser por ultrassonografia pélvica – realizada via abdominal, na superfície do abdome superior -, ou transvaginal – com inserção de um aparelho na vagina. No ultrassom pélvico se tem uma imagem dos ovários e útero. Já no exame transvaginal, há imagens também das trompas de falópio, colo do útero e vagina. “Esses exames de imagem pélvica ajudam na detecção de ovários policísticos, gravidez entrópica, endometriose, entre outros distúrbios. A gente tem um olhar programado para isso. Então, podemos tirar muitas conclusões por meio desses exames e detectar, por exemplo, tumores na forma precoce e conseguir salvar muitas vidas”, conclui a médica. 

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