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25ª edição do maior festival de artes cênicas da região central do Brasil acontece de 5 a 17 de novembro

Memória Matriz – Foto: DIEGO BRESANI

CENA CONTEMPORÂNEA 2024
Festival Internacional de Teatro de Brasília

Espetáculos da Argentina, Espanha, Canadá e Brasil se revezam em palcos do
Plano Piloto, Taguatinga, Ceilândia e Varjão
*Show de Paulo Miklos, exibições cinematográficas, leitura dramática,
residência, encontros e oficinas
*Lançamento da coleção de Dramaturgia Holandesa Contemporânea

Espetáculos internacionais inéditos no País, estreias nacionais e encenações
premiadas compõem a programação do Cena Contemporânea – Festival
Internacional de Teatro de Brasília, que chega à 25ª edição em 2024. De 5 a 17
de novembro, o teatro, a dança e a música irão ocupar os palcos (e as ruas) da
capital brasileira, com todo o vigor deste que é um dos cinco maiores festivais de
artes cênicas do Brasil. Logo na abertura, “Deserto”, primeira adaptação
brasileira da obra e das memórias do escritor chileno Roberto Bolaño, com
dramaturgia e direção de Luiz Felipe Reis e atuação de Renato Livera, que
poderá ser visto no Teatro dos Bancários, nos dias 5 e 6, às 20h.
Ao longo de 13 dias, nos teatros do Espaço Cultural Renato Russo, Teatro dos
Bancários, Centro Cultural da ADUnB, Cine Brasília, espaços urbanos e nos
palcos das unidades do Sesc na 504 Sul, em Taguatinga e em Ceilândia, o público
poderá assistir a espetáculos, shows, filmes, num total de 20 atrações. E
especialmente para os artistas, as atividades formativas incluem oficinas,
residência e os Encontros do Cena. Um grande painel da produção artística
contemporânea, acompanhado de momentos de aprofundamento e reflexão.
O CENA CONTEMPORÂNEA tem direção geral de Guilherme Reis e o patrocínio
oficial da Petrobras e do Ministério da Cultura, através do Programa Petrobras
Cultural e da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).
MEMÓRIA E CONSTRUÇÃO DE FUTURO
Como lidar com o apagamento de alguém, de um povo, de uma obra? Como
evitá-lo? Como recuperar a história, afirmar identidades e construir pontes para
o amanhã? Estas são questões que permeiam os espetáculos da programação
do 25º Cena Contemporânea, ao lado de reflexões sobre dramaturgia, literatura
e auto ficção.
A programação abre com “Deserto”, um profundo mergulho do dramaturgo e
diretor Luiz Felipe Reis na obra do escritor chileno Roberto Bolaño. Além dos
escritos do autor, a encenação discute o estado desértico do mundo hoje,
vivendo uma crise civilizatória e climática que desertifica imaginários e
subjetividades. Paralelamente, o festival apresenta “Future Lovers”, da
companhia espanhola La Tristura, que propõe a aproximação com a geração que
herdou o planeta como está, um mundo hiper estimulado e tecnológico, e que
nos oferece um olhar sobre as novas formas de relacionamento e de amor.
“no hay banda”, do autor e ator argentino Martín Flores Cárdenas, é obra
performática inclassificável, que indaga sobre a eternidade do teatro, tendo a
história pessoal do artista como ponto de partida. Biografias também são o
centro de “Não me entrego, não!”, monólogo em que Othon Bastos, o maior
ator brasileiro vivo, comemora 91 anos de vida e 70 de carreira, com
dramaturgia e direção de Flávio Marinho; e “A Escultura”, no qual a coreógrafa,
bailarina e atriz Yara De Cunto, de 85 anos e com deficiência visual, oferece um
passeio por sua vida, a partir de dramaturgia e direção de Adriano Guimarães.
A relação de diferentes criadores com suas mães e as diversas maneiras de
elaboração do luto pela perda estão no foco de três encenações. “Between me
and you”, do Canadá, mescla teatro e dança para apresentar uma conversa
íntima, fluida, imaginária da coreógrafa e bailarina Heidi Strauss com sua mãe.
“Azira’i”, que rendeu à atriz indígena Zahy Tentehar o Prêmio Shell de Melhor
Atriz de 2024, aborda a relevância da ancestralidade, a partir da história de sua
mãe, a primeira pajé mulher de seu povo, e comenta os processos de
aculturação, sob a direção de Denise Stutz e Duda Rios. E “Meu nome: mamãe” é
uma poética obra em que o ator Aury Porto aborda, com leveza e bom humor, o
desaparecimento gradual de sua mãe, acometida pela doença do Alzheimer.
IDENTIDADE – Um recorte da história da rainha dos reinos de Ndongo e
Matamba, situados na região atual de Angola, no século XVII, é tema do
espetáculo “Nzinga”. Idealizado e dirigido pela premiada atriz Aysha
Nascimento, por Bruno Garcia e Flávio Rodrigues, a encenação propõe uma
imersão nos repertórios culturais das matrizes bantu. É também sobre a
memória ancestral dos corpos pretos que trata “Danúbio”, novo espetáculo do
dramaturgo e diretor Jonathan Andrade, que estreia no CENA.
De Manaus vem a estreia de “Sebastião”, novo e potente trabalho do Ateliê 23
que traz o tema do preconceito contra a comunidade LGBTQIAPN+. A obra é
uma resposta artística e bem-humorada da companhia a reações violentas
suscitadas por um clipe em que bailarinos gays dançavam dentro de uma igreja.
Histórias reais também inspiram a narrativa de “Me Escuta (No teatro)”,
espetáculo originalmente criado para espaços abertos e que faz sua estreia no
palco durante o festival. Dirigido por Miriam Virna, a obra leva para a cena
histórias verdadeiras coletadas nas ruas do Distrito Federal.
“Memória Matriz”, da Cia Lumiato, aborda a construção da identidade de gênero
feminino, ao levar para a cena a relação entre mãe e filha, atravessada por
histórias de família e legados geracionais. E em “Júpiter e a Gaivota – É
impossível viver sem o teatro”, da companhia S.A.I., está uma leitura feminina,
contemporânea e brasileira do clássico “A Gaivota”, de Tchecov, assinada por
Ada Luana. A encenação faz sua estreia no Brasil durante o Cena
Contemporânea, depois de participar do The Alexandrinsky International
Theater Festival, em São Petersburgo.
“¡Alguém vai morrer!”, do grupo As Piores do Mundo, e “Manifesto do eu só”,
da Companhia Dois Tempos, são também produzidos por dois coletivos de
Brasília. Livremente inspirado em clássicos de novelas brasileiras e no texto “O
rei está morrendo”, de Eugène Ionesco, “¡Alguém vai morrer!” explora a
efemeridade da vida e o apego às coisas materiais. “Manifesto do eu só”
apresenta pequenas histórias de uma mulher quase anônima que observa os
encontros e desencontros com as pessoas.
TEATRO DE RUA – Na Praça Central do Varjão será possível assistir a “Umbigo do
Infinito”, do Coletivo Truvação. Escrita e dirigida por Yuri Fidelis, a peça
apresenta a história de uma mulher que busca encontrar a cura para suas dores
em um mundo em que não há humanos, apenas criaturas.
PAULO MIKLOS – Show que celebra a trajetória do artista e que deu origem a
seu álbum mais recente, “Paulo Miklos ao Vivo” está na programação do 25º
Cena Contemporânea. Nele, o músico interpreta canções de sua carreira solo e
sucessos dos Titãs em novos arranjos. Miklos fará uma única apresentação, no
Centro Cultural da ADUnB, na segunda-feira, dia 11 de novembro, às 20h30.
O repertório de “Paulo Miklos ao Vivo” traz músicas dos álbuns “Do Amor não
Vai Sobrar Ninguém” (2022) e “A Gente Mora no Agora” (2017), além de
sucessos dos Titãs, como “Pra Dizer Adeus” (de Nando Reis e Tony Bellotto),
“Comida” (Arnaldo Antunes / Marcelo Fromer / Sérgio Britto) e “Flores” (Tony
Bellotto / Charles Gavin / Paulo Miklos / Sérgio Britto), além de uma releitura de
“É Preciso Saber Viver” (de Roberto e Erasmo Carlos) e da canção “Vou Te
Encontrar” (de Nando Reis), lançada com grande sucesso como single. No
programa estão ainda versões ao vivo para “Um Misto de Todas as Coisas”,
“Todo Esse Querer” e “Do Amor Não Vai Sobrar Ninguém”, todas de sua autoria,
além da parceria com Emicida em “A Lei desse Troço”, entre outras.
EXIBIÇÕES CINEMATOGRÁFICAS – Na segunda semana de festival, o Cine Brasília
vai receber a exibição de dois longas-metragens em que o teatro dialoga com a
linguagem cinematográfica, assinados por diretoras com origem nos palcos. Será
possível assistir, em primeira mão no Brasil, ao filme “Reas”, um documentário
musical extraordinário dirigido pela dramaturga e encenadora argentina Lola
Arias e ambientado em uma prisão feminina na Argentina. E ainda “O Diabo na
Rua no Meio do Redemunho”, adaptação da diretora brasileira Bia Lessa para o
clássico “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa.
ATIVIDADES FORMATIVAS – Além dos espetáculos, o Cena Contemporânea
programou uma série de eventos de formação, como a oficina “O corpo do
autor”, a ser ministrada pelo artista argentino Martín Flores Cárdenas; a oficina
Escuta em Movimento, com a coreógrafa e performer canadense Heidi Strauss; e
a oficina Tempo Rei, que será ministrada pelo ator e diretor Aury Porto, para
pessoas de 12 a 90 anos de idade. Também haverá uma residência com a atriz e
diretora Giovana Soar, que vai dirigir a leitura dramática da obra “No Canal à
Esquerda”, do autor Alex Van Warmerdam, como parte do lançamento da
coleção Dramaturgia Holandesa, da editora Cobogó em parceria com o Núcleo
dos Festivais Internacionais de Artes Cênicas do Brasil. E nas tardes dos dias 6, 9,
11 e 16 de novembro, haverá os Encontros do Cena, um espaço para debater e
aprofundar temas como ancestralidade, identidade, etarismo, sempre sob a luz
da criação cênica.
SOBRE A PETROBRAS – A Petrobras é uma das principais empresas do país. Atua
de forma integrada e especializada na indústria de óleo, gás natural e energia,
tendo como compromisso o desenvolvimento sustentável para uma transição
energética justa e inclusiva.
A Cultura é também uma energia na qual a companhia investe, patrocinando há
mais de 40 anos projetos que contribuem para a cultura brasileira e se fazem
presentes em todos os Estados brasileiros.
PROGRAMAÇÃO
SEGUNDA, 04/11
18h30 às 22h – Abertura com encontro festivo – Falas institucionais e
homenagens – DJ Flavia Aguiar | Performance | Homenagens | DJs Criolina
TERÇA, 05/11
20h30 – Deserto – Teatro dos Bancários
QUARTA, 06/11
15h às 18h – Encontros do Cena – Sala Marco Antônio Guimarães do Espaço
Cultural Renato Russo – com tradução em Libras
19h – no hay banda – Sala Multiuso do Espaço Cultural Renato Russo
20h30 – Deserto – Teatro dos Bancários
20h30 – Memória Matriz – Teatro Galpão Hugo Rodas do Espaço Cultural Renato
Russo (com coleta de resíduo eletrônico)
QUINTA, 07/11
10h às 13h – O corpo do autor – Oficina com Martín Flores Cárdenas – Sala
Multiuso do Espaço Cultural Renato Russo
19h – no hay banda – Sala Multiuso do Espaço Cultural Renato Russo
20h30 – Memória Matriz – Teatro Galpão Hugo Rodas do Espaço Cultural Renato
Russo (com coleta de resíduo eletrônico)
SEXTA, 08/11
10h às 13h – O corpo do autor – Oficina com Martín Flores Cárdenas – Sala
Multiuso do Espaço Cultural Renato Russo
19h – no hay banda – Sala Multiuso do Espaço Cultural Renato Russo
20h30 – A Escultura – Teatro dos Bancários – sessão com audiodescrição e
tradução em Libras
SÁBADO, 09/11
15h às 18h – Encontros do Cena – Sala Marco Antônio Guimarães do Espaço
Cultural Renato Russo – com tradução em Libras
19h – Umbigo do Infinito – Praça Central do Varjão
20h – Manifesto do eu só – Teatro Sesc Paulo Autran de Taguatinga
20h30 – A Escultura – Teatro dos Bancários
20h30 – Danubio – Teatro Galpão Hugo Rodas do Espaço Cultural Renato Russo
DOMINGO, 10/11
18h – ¡Alguém vai morrer! – Teatro Sesc Paulo Autran de Taguatinga
19h – Nzinga – Sala Multiuso do Espaço Cultural Renato Russo
20h30 – A Escultura – Teatro dos Bancários
20h30 – Danubio – Teatro Galpão Hugo Rodas do Espaço Cultural Renato Russo
SEGUNDA, 11/11
15h às 18h – Encontros do Cena – Sala Marco Antônio Guimarães do Espaço
Cultural Renato Russo – com tradução em Libras
19h – Nzinga – Sala Multiuso do Espaço Cultural Renato Russo
20h30 – Show Paulo Miklos ao Vivo – Centro Cultural da ADUnB
TERÇA, 12/11
17h30 – Leitura dramática e lançamento do livro “Canal à esquerda” – Sala
Marco Antônio Guimarães do Espaço Cultural Renato Russo
18h – Filme ‘O Diabo na Rua, No Meio do Redemunho’ – Cine Brasília
20h30 – Filme ‘Reas’ – Cine Brasília
20h30 – Não me entrego, não! – Centro Cultural da ADUnB
20h30 – Sebastião – Teatro dos Bancários
20h30 – Azira’i – Teatro Galpão Hugo Rodas do Espaço Cultural Renato Russo
QUARTA, 13/11
15h às 18h – Encontros do Cena – Sala Marco Antônio Guimarães do Espaço
Cultural Renato Russo
19h – Between me and you – Sala Multiuso do Espaço Cultural Renato Russo
20h30 – Não me entrego, não! – Centro Cultural da ADUnB
20h30 – Sebastião – Teatro dos Bancários
20h30 – Azira’i – Teatro Galpão Hugo Rodas do Espaço Cultural Renato Russo
QUINTA, 14/11
10h às 13h – Oficina Tempo Rei com Aury Porto (SP) – Teatro Sesc Newton Rossi
de Ceilândia
19h – Between me and you – Sala Multiuso do Espaço Cultural Renato Russo
SEXTA, 15/11
10h às 13h – Oficina com Heidi Strauss – Canadá
16h (sessão com acessibilidade) e 19h – Me escuta – Teatro Sesc Ary Barroso 504
Sul
19h – Júpiter e a Gaivota – É impossível viver sem o teatro – Teatro dos Bancários
20h – Meu nome: Mamãe – Teatro Sesc Newton Rossi de Ceilândia
20h30 – Future Lovers – Teatro Galpão Hugo Rodas do Espaço Cultural Renato
Russo
SÁBADO, 16/11
15h às 18h – Encontros do Cena – Sala Marco Antônio Guimarães do Espaço
Cultural Renato Russo – com tradução em Libras
16h (sessão com acessibilidade) e 19h – Me escuta – Teatro Sesc Ary Barroso 504
Sul
18h – Júpiter e a Gaivota – É impossível viver sem o teatro – Teatro dos Bancários
19h – Meu nome: Mamãe – Sala Multiuso do Espaço Cultural Renato Russo
20h – Sebastião – Teatro Sesc Newton Rossi de Ceilândia
20h30 – Future Lovers – Teatro Galpão Hugo Rodas do Espaço Cultural Renato
Russo
DOMINGO, 17/11
18h – Júpiter e a Gaivota – É impossível viver sem o teatro – Teatro dos Bancários
19h – Me escuta – Teatro Sesc Ary Barroso 504 Sul
19h – Meu nome: Mamãe – Sala Multiuso do Espaço Cultural Renato Russo
20h – 0 Danúbio – Teatro Sesc Newton Rossi de Ceilândia
20h30 – Future Lovers – Teatro Galpão Hugo Rodas do Espaço Cultural Renato
Russo
*Haverá coleta de resíduos eletrônicos no Espaço Cultural Renato Russo 508

Sul e no Centro Cultural da ADUnB.


CENA CONTEMPORÂNEA – FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BRASÍLIA
Direção geral: Guilherme Reis
Coordenação administrativo-financeira: Michele Milani
Direção de produção: Gui Angelim
Direção artística: Carmem Moretzsohn
Curadoria: Guilherme Reis
Colaboração curadoria: Daniele Sampaio
Assistente da direção geral: Clara Nugoli
Coordenação técnica: Lidianne Carvalho
Coordenação de Comunicação: Michele Milani e Cena Promoções
Assessoria de imprensa: Objeto Sim
Patrocínio Oficial: Petrobras

Realização: Ministério da Cultura, Governo Federal União e Reconstrução


SERVIÇO
Data: 5 a 17 de novembro de 2024
Locais: Espaço Cultural Renato Russo, Teatro dos Bancários, Centro Cultural da
ADUnB, Cine Brasília, Teatro Sesc Ary Barroso 504 Sul, Teatro Sesc Paulo Autran
de Taguatinga, Teatro Sesc Newton Rossi de Ceilândia, Praça Central do Varjão
Horários: ver programação
Ingressos para espetáculos em Brasília: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia)
Entrada franca nas sessões em Taguatinga e Ceilândia

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