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Dia Mundial da Audição (3/3): campanha alerta a população sobre a importância dos cuidados com a saúde auditiva

A data foi criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para promover ações para a prevenção da perda auditiva

Aparelho auditivo com inteligência artificial. Divulgação

Com elevados ruídos sonoros em que a população está exposta atualmente,  é preciso ficar em alerta quanto à saúde auditiva. Segundo pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 466 milhões de pessoas no mundo possuem alguma deficiência auditiva.  A previsão é que, nos próximos trinta anos, o número dobre e chegue a 900 milhões. Atualmente, cerca de 1,1 bilhão de adolescentes e jovens adultos estão em risco de perda auditiva. Segundo especialistas, é importante detectar a perda auditiva precocemente para diminuir o avanço. 

O fonoaudiólogo Gleison Barcelos, da clínica Microsom Brasília, ressalta a importância dos cuidados preventivos. Entre elas, não introduzir objetos (nem bastonete) no ouvido. Outro alerta é sobre gripes e otites “As infecções mal curadas podem ocasionar a perda auditiva”, explica o especialista.

Ele ainda faz um alerta em relação à exposição excessiva a ruídos, como cortadores de gramas e músicas muito altas. “Não só os adultos devem tomar cuidado. O nível de barulho dos brinquedos para bebês deve ser monitorado, pois eles têm a audição mais aguçada. Sendo assim, correm mais risco”, afirma. 

Além disso, de acordo com o especialista, nos últimos anos houve um aumento expressivo da quantidade de jovens com perda auditiva “Este é um reflexo do uso irregular de fones de ouvido e, se não houver cuidado, pode levar à perda auditiva irreversível”, alerta Gleison.

O especialista ainda ressalta: “Em casos de sintomas como zumbido, sensação de ouvido tampado, pressão, dor, consulte um otorrinolaringologista e/ou um fonoaudiólogo para avaliar sua audição e vale ressaltar, também, a importância de realizar uma avaliação audiológica pelo menos uma vez ao ano, por prevenção”, finaliza.

saúde auditiva – Imagem ilustrativa

Deficiência auditiva

Gleison explica que, atualmente, a tecnologia pode ser uma grande aliada para melhorar a qualidade de vida de quem vive com a deficiência auditiva. “Muitas vezes, a pessoa tem a prescrição para utilizar o aparelho auditivo, mas tem vergonha, o que pode prejudicar ainda mais a saúde e os relacionamentos interpessoais do paciente. E ao passar dos anos a falta de estímulo do cérebro pode ocasionar outras doenças, como a demência”, afirma.

O fonoaudiólogo afirma, ainda, que os avanços dos aparelhos auditivos têm sido muito importantes, beneficiando cada vez mais a saúde dos usuários “Ter um aparelho auditivo não é questão de luxo, trata-se de uma oportunidade para que os deficientes auditivos se comuniquem melhor e consigam manter suas interações sociais”, explica. 

Já tem aparelhos no mercado que são capazes de captar o áudio com mais eficiência, detectar quedas e monitorar dados físicos e cognitivos do usuário, frequência cardíaca, movimentos realizados, entre outros. Até tradução simultânea de 27 idiomas o aparelho realiza. E tudo isso pode ser monitorado por um aplicativo. “A grande inovação de aparelhos, como o Via Edge AI, é a presença de sensores que otimizam a captura de áudio, reduzindo o tempo de resposta ao paciente. Além disso, familiares e usuários podem acompanhar as atividades diárias, como física e cognitiva”, explica

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