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Rádio Cultura é revitalizada

Há 33 anos no ar, a Rádio Cultura FM cumpre duas nobres missões. A primeira delas é a de transmitir uma programação de qualidade, com informação e música, ao ouvinte do Distrito Federal e Entorno. A outra é a de manter-se no ar 24 horas, de domingo a domingo, operando com equipamentos obsoletos, mão de obra de manutenção e investimentos que rarearam na última década.

Imagem Divulgação

Esse cotidiano de peleja, finalmente, acaba de ser vencido. No ar, há um novo tempo para a rádio pública, administrada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Só nesse primeiro momento, o investimento é da ordem de R$ 462 mil –  R$ 168 mil (atualização do software) e R$ 294 mil (manutenção preventiva).

Na última terça-feira (20.7), o grupo de servidores finalmente ficou diante do sonhado software que vai alterar padrões como qualidade de som e programação musical elaborada. Havia nove anos que esse equipamento não era trocado, provocando um envelhecimento tecnológico que deixou a Rádio vulnerável. Diante do técnico Leandro Torres, programadores Flávia Aguiar, Daniel Mafra e Helena Cusinato aprenderam os detalhes para operar o software.
Ouvinte e fã incondicional da Rádio Cultura em um tempo em que nunca imaginou ocupar a gestão da Secec, o secretário Bartolomeu Rodrigues é um dos mais entusiasmados com essa virada da Rádio.

“É uma emissora pública de importância fundamental na formação cultural da cidade. Muitos artistas de Brasília que fizeram sucesso nacional apareceram pela primeira vez na 100,9”, observa o secretário.
Foi o caso de Ellen Oléria, que ouviu uma música de sua autoria tocar pela primeira vez na Cultura quando fazia o trajeto Ceilândia-Plano Piloto, e da Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo, que fez graça no estúdio muito antes de lotar estádios e ginásios de Norte a Sul do país. Neste momento, a Rádio Cultura segue com um edital de voluntários para selecionar novos conteúdos para a programação até 26.7.

TRANSFORMAÇÃO À VISTA

Com transmissor que foi recuperado em 2019, operando com 8KW, potência mais que suficiente para cobrir todo Distrito federal e Entorno, a Rádio Cultura entra em fase de modernização. Quem comanda esse projeto de revitalização é o diretor Walter Silveira, que, quando assumiu a rádio, em 2019, ficou em estado de choque com o sucateamento e a precariedade da emissora.
Walter encontrou, por exemplo, operadores e locutores de som trabalhando dentro de um elevador destinado para pessoas com dificuldades de locomoção, na época da reforma do Espaço Cultural Renato Russo (ECRR), quando a Rádio foi transferida para a Biblioteca e os locutores precisavam de acústica.
“Enquanto a rádio envelheceu, o digital chegou e mudou toda a configuração, tanto que levamos o sinal para a web.  Em seu histórico, temos um grande investimento para a inauguração da Rádio Cultura e, nas décadas seguintes, a aquisição de equipamentos ficou a desejar só havendo recurso, quando muito, para substituição por desgaste de uso”, aponta o diretor.
A revitalização da Rádio Cultura é um processo estrutural. Trata-se da virada tecnológica, aquisição de mobiliários, suporte e capacitação de mão de obra. A Secec acaba de celebrar um contrato de manutenção técnica preventiva para a Rádio Cultura. Em setembro, vai adquirir novos equipamentos para os estúdios, como microfones, caixas de som, mesas de áudio, além de mobiliário adequado para a redação, estúdios e salas de administração, produção e diretoria.

Há ainda um processo de contratação de locutores e operadores e um chamamento de servidores do GDF nas áreas de radiodifusão e jornalismo para recomposição funcional do veículo.

CLIMA DE ENTUSIASMO
Entre os servidores, a nova fase da Rádio Cultura provoca um misto de entusiasmo e alívio. Um dos responsáveis pela programação, Daniel Mafra aponta que essa renovação tecnológica põe a Rádio Cultura apta a escoar a produção musical feita no DF em sua potência. “A sensação é de que agora poderemos executar o trabalho bem feito no compromisso de uma rádio pública do Distrito Federal”

Programadora e locutora, Helena Cusinato faz coro a Mafra e acredita que esse conjunto de melhorias vai reorganizar as funções e aumentar a produtividade.

Da área de Jornalismo, Flávia Camarano conta que o sucateamento tecnológico da emissora provocou não só a interrupção da programação como também a perda de acervos preciosos. O sistema defasado travava constantemente e derrubava a automação do estúdio, silenciando a Rádio Cultura.

“Muitas vezes, só permanecemos no ar graças à mágica da equipe da Rádio Cultura, que se virava para não interromper a programação”, conta.
A equipe Rádio Cultura é conhecida na Secec por ser apaixonada pela emissora. Nita Queiroz, que produz o elogiado Descomplica Cultura, é uma das que estampa a Rádio Cultura no peito. Para resumir a relação com a emissora, lembra-se de um trecho de “Cartas de Amor”, interpretada por Maria Bethânia. “Sou como uma haste fina que qualquer brisa verga, mas nenhuma espada corta”.

TRÊS PERGUNTAS/WALTER SILVEIRA
A Rádio Cultura também fechou um contrato de manutenção preventiva e corretiva, ganhando assim um suporte técnico que não tinha. Qual o impacto dessa ação?
Desde 2019, estávamos sem equipe de manutenção, apesar de transmitirmos 24 horas, sete dias por semana. Neste ano, conseguimos licitar uma empresa para dar cobertura 24 horas e também nos auxiliar no projeto de revitalização.
O edital de voluntários que está em curso vai ampliar o leque da programação?
O edital de voluntários visa dinamizar a programação da Rádio Cultura envolvendo os agentes culturais, reforçando o caráter público da rádio, a pluralidade e a diversidade cultural, aspectos que têm caracterizado essa gestão da Secec.

Existe um projeto para um grande festival da Cultura no segundo semestre. Pode adiantar um pouco sobre esse projeto?
Tudo que está sendo feito é para adequar a rádio tecnológica e operacionalmente no intuito de chegarmos ao conteúdo. Nossa meta é interagirmos com a sociedade oferecendo com qualidade aquilo que culturalmente é produzido pelos brasilienses e, claro, a música é um patrimônio considerável de Brasília. Sim, virão novidades. Aguardem!

UMA HISTÓRIA DE ORGULHO
A Rádio Cultura foi criada em 1988, sendo sua primeira transmissão realizada do Anexo do Palácio do Buriti, onde ficavam localizados os estúdios e transmissores. Depois o Estúdio foi transferido para o Teatro Nacional onde permaneceu até o final do ano de 2010, mudando para uma estrutura mais adequada no primeiro andar ou mezanino do Espaço Cultural 508 Sul.

Enquanto meio de comunicação público tem por objetivo prestar serviços informativos, artísticos, educativos e culturais a comunidade e garantir a pluralidade e a diversidade cultural do Distrito federal. Os transmissores da rádio continuam operando do Anexo do Buriti, irradiando numa potência de 8KW. O sinal alcança a todo o DF e também o Entorno.

A programação da Cultura FM alinha um conteúdo produzido pelos profissionais da emissora e a veiculação de programas colaborativos que dialoguem com perspectiva de pluralidade e diversidade, buscando atender a missão de uma rádio pública que é difundir, irradiar e produzir cultura, educação, cidadania, entretenimento, informação de qualidade e prestação de serviços, buscando atingir um público cada vez mais amplo da nossa sociedade.

Na grade de programação da Cultura FM estão programas de cunho local, nacional e internacional, programação jornalística, apoio cultural, spots educativos, entrevistas com artistas e produtores, além de programas colaborativos, veiculados gratuitamente.

Emissora ganha novo software e contrato de manutenção

http://www.cultura.df.gov.br/radio-cultura-e-revitalizada/
Rádio Cultura é revitalizada – SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA<http://www.cultura.df.gov.br/radio-cultura-e-revitalizada/>www.cultura.df.gov.brGDF – Governo do Distrito Federal

Fotografia: Marina Gadelha (Ascom Secec)
Ouça a Rádio Cultura
http://cast61.sitehosting.com.br:9800/live


Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Ascom/Secec)

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