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Segundo especialista, escrever é instrumento de autoconhecimento, autoexpressão e acolhimento
Setembro é um mês dedicado a prevenção do suicídio. De acordo com dados apresentados pela campanha da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), no Brasil são registrados cerca de 14 mil casos por ano, ou seja, uma média de 38 por dia. Entre os jovens de 15 a 29 anos, é a quarta principal causa de mortes, atrás apenas de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal.
Na avaliação da terapeuta e escritora Lella Malta, o hábito de escrever pode melhorar o humor e o bem-estar. De acordo com a autora, que trabalha com escrita terapêutica, a escrita é um poderoso exercício de autoexpressão, nos ajuda a organizar sentimentos e ideias, manifesta emoções reprimidas e faz uso da catarse como ferramenta para uma mudança terapêutica positiva.
“O amarelo, como contraponto à sombra e ao desalento que assolam mais de um milhão de pessoas que cometem suicídio anualmente no mundo, traz luz para o necessário, e urgente, debate sobre saúde mental e o crescimento de casos de autolesão, sobretudo entre os jovens. Com isso, é possível que a escrita terapêutica ajudar no tratamento de pessoas com depressão e ansiedade.”
Lella explica que a terapia consiste em escrever livremente sobre os sentimentos, sem se preocupar com estrutura do texto, rimas ou regras gramaticais. A escritora conta que o intuito é de que ela ocorra de maneira natural.
“Esse tipo de escrita pode ser usada em momentos de estresse, em que se busca alívio para reorganizar pensamentos e expressar sentimentos, em momentos de luto, depressão, ansiedade em outros momentos que necessitam de terapia. Essa é uma forma de colocar para fora aquilo que está incomodando por dentro e, dessa forma, buscar ajuda e a melhor forma de seguir em frente.”
Sobre Lella Malta
Lella Malta já fez turnê no Brasil, passando pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e também uma temporada pela Bienal de Lisboa – Portugal e em Vancouver- Canadá. O curso de “Escrita de A a Z: escreva, expresse, publique o seu livro”. Neste curso, a escritora ajuda a reconhecer a escrita como instrumento de empoderamento, autoconhecimento, autoexpressão e acolhimento.
