Brasília de Todos Brasília, a cidade que o país desconhece
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Movimento defende que parâmetros para definir e elevar a felicidade da população sejam adotados pelo poder público
Em abril do próximo ano, a capital do país vai discutir a felicidade. A qualidade de vida da população e políticas públicas para criar um ambiente cada vez mais acolhedor e focado no bem estar vão ficar no centro do debate. A Aliança das Mulheres que Amam Brasília (Ama Brasília) vai realizar o 1º Congresso Internacional em Brasília – Ciência da Felicidade. A ideia já foi aprovada pelo Ministério da Cultura e o evento representa uma vitória para o Movimento Brasília Capital da Felicidade.
Com o aval da pasta da cultura, os organizadores começam a planejar o evento, que deve ser realizado na primeira semana do mês de aniversário da capital, em 2024, quando a cidade completará 64 anos de sua fundação. Com a definição do congresso internacional, foi criada a governança do Movimento Brasília Capital da Felicidade, para a realização de diversas ações em torno do tema.
A ideia é que a felicidade seja adotada como política pública – com atenção especial da área econômica. Ou seja, que as ações do poder público sejam voltadas para aumentar a felicidade e satisfação da população em viver na nação – consequentemente melhorando os índices de qualidade de vida da população que for beneficiada por estes projetos.
Em janeiro, também dentro do tema, será lançado o concurso de imagens visuais virtuais. A previsão é de que as inscrições do concurso ocorram entre os dias 10 de janeiro a 10 de fevereiro, voltado para jovens e adultos que moram no Distrito Federal. O festival terá prêmio em dinheiro, que deve ser entregue no dia 20 de março – Dia Internacional da Felicidade.
Para concorrer, a imagem virtual deve ser retangular, em cores, e uma representação conhecida de Brasília, ou seja, que simboliza a cidade. A ideia é de que as criações artísticas inscritas no concurso sejam reconhecidas como de Brasília em qualquer lugar do mundo. É necessário que na composição da criação artística esteja escrito “Brasília Capital da Felicidade”.
Cosete Ramos, pioneira da capital, que estava presente no dia da inauguração de Brasília, é presidente da AmaBrasília, destaca que com a realização do 1º Congresso Internacional da Ciência da Felicidade, o Brasil entra no debate que está movimentando a comunidade internacional.
“O mundo inteiro discute a felicidade como uma política pública e como um índice para medir a riqueza das nações. Brasília, como capital do Brasil, precisa estar presente neste movimento mundial. E é através deste primeiro congresso internacional, e virão outros, que nós vamos nos aproximar das grandes instituições e países que estão realizando algo extraordinário nas suas empresas e nas suas nações”, afirma Cosete.
O Congresso que será realizado em abril vai contar com a presença da cientista norte-americana Barbara Fredrickson, considerada um gênio da psicologia positiva. Ela foi convidada e prontamente aceitou participar do evento que ocorre na capital federal.
Câmara da Felicidade
Uma proposta entregue por Cosete Ramos a Leonardo Àvila, presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico (Codese-DF), propõe a criação da Câmara Técnica “Brasília Capital da Felicidade”. A intenção é criar um ecossistema de desenvolvimento e inovação voltado para a elevação da felicidade da população brasiliense.
A ideia é que a Câmara Técnica seja formada por uma equipe multidisciplinar, com educadores, gestores, cientistas da felicidade, empreendedores sociais, criativos e inovadores da cidade. Cada membro trará uma perspectiva única, enriquecendo o processo com suas experiências e conhecimentos diversificados.
O modelo estratégico é ancorado em dados ligados aos indicadores da Felicidade Interna Bruta – FIB, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e Práticas ESG ambas referendadas pela ONU como ferramentas de desenvolvimento, unido a Ciência da Felicidade, utilizando as melhores práticas e pesquisas na área de felicidade e desenvolvimento sustentável.
PIB vs felicidade
O reconhecimento da felicidade como uma métrica valiosa para orientar políticas públicas tem ganhado destaque no Mundo, impulsionado por críticas ao Produto Interno Bruto (PIB) como único indicador de progresso, uma vez que não mede o verdadeiro bem-estar social. O PIB é limitado, ao não considerar aspectos éticos e ambientais, não distinguir entre custos e benefícios, e nem sempre se traduzir em melhoria da qualidade de vida da população. A ideia da Felicidade Interna Bruta (FIB) começou no Butão, em 1972, elaborada pelo Rei Jigme Singya Wangchuck. Este índice visa medir o desenvolvimento de uma nação considerando não apenas o crescimento econômico, mas também aspectos como saúde, educação, meio ambiente e governança.
Em 2018, a Escócia, a Islândia e a Nova Zelândia estabeleceram uma rede de Governos da Economia do Bem-Estar, para desafiar a aceitação do PIB como a medida mais eficaz para o sucesso de um país. Em discurso visionário, a Primeira Ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, fala que o objetivo da política econômica deveria ser o bem-estar coletivo: o quão feliz e saudável a população é, não apenas o quão rica a população é.
A ONU (Organização das Nações Unidas) desenvolveu o Índice da Felicidade Interna Bruta e há mais de 10 anos vem avaliando os diversos Países do Mundo, usando critérios ligados à Felicidade Humana.
Sobre a AMABRASÍLIA – Idealizada pela Dra. Cosete Ramos, a Aliança das Mulheres que Amam Brasília foi criada em Agosto de 2017 como uma rede feminina da sociedade civil da Capital Federal, que tem como missão cuidar de Brasília tendo como foco de atuação: Natureza, Pessoas e Cultura. Atualmente é composta de aproximadamente 220 mulheres associadas e mais 180 agregadas, dos mais diversos ramos: empresárias, servidoras públicas, profissionais liberais, aposentadas e outros. Nos últimos seis anos, promoveu centenas de eventos ligados aos três pilares, movimentando a sociedade com eventos sociais, ações beneficentes, ações de empreendedorismo, palestras, lançamento de livros e outros.
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