Pela terceira vez, instituição brasiliense está entre os 10 melhores projetos de leitura inovadores do Brasil com o projeto Literatura Cura
“Estar entre os finalistas é o mesmo que ganhar prêmio, já que a grande vitória é ter visibilidade e pode dar continuidade ao projeto”. Assim é a visão de Andrey do Amaral, diretor do Instituto Chamaeleon. A iniciativa conta com auxílio do trabalho especializado de profissionais da saúde, da educação, da cultura, das artes e do direito; e recebe o apoio da Vara da Infância e da Juventude (VIJ-TJDFT) entre outros órgãos como: MPDFT, Conselhos Tutelares, Delegacias etc.
Os psicólogos do projeto oferecem treinamento aos contadores de histórias e aos oficineiros que trabalham com as crianças e adolescentes. Além de atuar nas sessões de terapia, os profissionais do instituto visitam creches e escolas e participam de palestras sobre a violência sexual contra adolescentes e crianças.
Em reuniões mensais, os diretores do Instituto Chamaeleon definem os temas de leitura que serão adotados nas oficinas de amenização de traumas. Além de ouvir as histórias, as crianças e adolescentes vítimas de abuso e maus-tratos participam de workshops de produção de textos, de criação de poesias, de leituras dramáticas e de desenho.
De acordo com Andrey “o projeto funciona e é inovador por utilizar a literatura como um processo terapêutico. É por meio dela que conseguimos resgatar os sonhos e iniciar o processo de cura de pessoas cujas realidades são massacradas pela dor e desesperança. Nós não focamos a violência vivida, mas sim um mundo melhor. E é com esse novo olhar positivo sobre a vida futura que eles recomeçam”, explica.
*Sobre o Projeto e o Instituto Chamaeleon*
O Literatura Cura foi desenvolvido com objetivo de tratar traumas de crianças, adolescentes e mulheres (inclusive trans) vítimas de abuso e violência sexual por meio dos livros.
O Instituto Chamaeleon é uma uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), que atende pessoas em situação de vulnerabilidade vítimas de abusos sexuais e maus tratos, reduzindo-lhes ou eliminando os traumas por meio da arte, da cultura e dos atendimentos jurídicos e psicológicos gratuitos.