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Cine Brasília exibe no domingo (22/12) filmes que tratam da temática global de migrações

Produções fazem parte de seleção de agência da ONU que monitora o assunto e propõe reflexões sobre ele

O Cine Brasília exibe no domingo (22), com entrada franca, uma mostra da produção do Festival Global de Filmes sobre Migração (GMFF na sigla em inglês, no Brasil de “Cine Migração”). Trata-se de uma iniciativa da Organização Internacional para as Migrações (OIM), agência da ONU que monitora o fenômeno global.

Segundo os organizadores, o objetivo do “Cine Migração” é usar os filmes como informação capaz de influenciar percepções e atitudes em relação aos migrantes, dando ênfase para questões sociais e criando espaços de debate sobre o assunto.

A edição de 2019 do Cine Migração no Brasil é realizada, além de Brasília, em Belo Horizonte, Boa Vista, Pacaraima (RR), Curitiba, São Paulo e Manaus.

Durante o festival, serão apresentados longas e curtas oriundos de seleção oficial internacional. Além desses, um curta é exclusivamente exibido no país que é sede da mostra.

Um dos destaques da mostra é a compilação de vídeos da uma oficina para migrantes: “Feitos de Coragem”. Realizada em Brasília e Curitiba, a oficina ofereceu aulas teóricas e práticas para migrantes que desejavam adquirir habilidades para contar histórias em formato audiovisual.

O resultado foi a produção de três vídeos por cidade. As capacitações foram ministradas por cineastas e educadores populares de Curitiba. A oficina faz parte da campanha idealizada pela Jarina Filmes e pela Fundación Avina e conta como apoio da OIM e Jesuítas Brasil.

Feiras

Haverá também feiras culturais nas laterais do cinema. De 10h30 às 20h, o público poderá conhecer comidas típicas, roupas e artesanatos de diversos países. Também serão oferecidas oficinas de Sumiê, técnica de pintura oriental, em sessões às 15h, 17h e 19h. Inscrições no local.

Sinopses

Foto Divulgação – Ano Novo de Haru, de Alice Shin

“O ano novo de Haru”

De Alice Shin (2018, Canadá, drama, 19 min, legendado, livre)

Sinopse: Ano novo, país novo, escola nova. Haru tem muito a que se adaptar no Canadá. Deve descobrir como fazer novos amigos, enquanto ainda sente falta dos que deixou para trás no Japão.

“Três Dias de Agosto”

De Madli Lääne (2019, Estônia, documentário, 20 minutos, legendado, livre)

Sinopse: Em agosto de 1991, a Estônia declarou independência da ocupação da União Soviética. Em meio à atmosfera tensa, uma garota estoniana desenvolve amizade com garoto russo por interesse comum. A ficção ilustra como questões políticas afetam percepção e atitudes das pessoas em relação a estranhos, destacando ao mesmo tempo a força da amizade aos olhos das crianças.

“A Torre”

De Mats Ground (2018, França, documentário, 77 min, legendado, 12 anos)

Sinopse: Presos entre o céu e o inferno, sempre acampando. A história da Palestina contada em um campo de refugiados em Beirute.

“Nossas Histórias no Muro: Mulheres e Arte na Fronteira Brasil-Venezuela”

De Benjamim Mast e Adriana Duarte (2019, Brasil, documentário, 6 min, legendado, livre)

Sinopse: Três artistas venezuelanas foram até um abrigo na cidade de Boa Vista (RR) onde moram 159 mulheres e crianças venezuelanas em situação de refúgio no Brasil. Diana, Génova, e Andy, também migrantes, querem encher de cores às paredes cinzas do abrigo.

“Libertai”

De Bill Szilagyi (2019, Brasil , documentário, 16 minutos, legendado, 10 anos)

Em Libertai, o artista Crawford Mandumbwa, do Botsuana, fala abertamente sobre política, sociedade, arte e cultura africanas. Ele é designer gráfico e professor de uma escola no sul do continente. Sendo um entusiasta da ciência política sobre a região, ele mergulha na questão de por que a África sofre de uma infinidade de problemas de vulnerabilidade social. Compartilha seus pontos de vista, esperanças e ambições de mudar a vida na África e construir uma narrativa positiva em torno dela.

“As Estátuas de Fortaleza”

De Fabien Guillermont e Natália Albuquerque (2019, Brasil, documentário, 89 min, Livre)

Sinopse: É um documentário que se passa no Brasil entre setembro e novembro de 2018. Traça o curso de diferentes refugiados venezuelanos que chegaram em diferentes períodos nos últimos anos no Brasil. De Pacaraima (fronteira de Roraima com a Venezuela), a Fortaleza e Rio de Janeiro, passando pelos abrigos de Boa Vista.

“Presentes da Babilônia”

De Bas Ackermann (2018, Holanda, 24 min, legendado, 14 anos)

Sinopse: Migrante partiu para a Europa para escapar de uma vida de escravidão e de condições desesperadoras em seu país, Gâmbia. Depois de sobreviver a cinco anos difíceis no cruel limbo de “status irregular”, ele foi forçado a retornar à terra natal, onde passa a se sentir como um estrangeiro em seu próprio país, estranhando comunidade e família.

Jovens Polacas – Foto Divulgação

“Jovens Polacas”

De Alex Levy-Heller (2019, Brasil, documentário, 96 minutos, 14 anos)

Sinopse: Após meses de pesquisa, o jovem jornalista Ricardo (Emilio Orciollo Netto) finalmente chega à fase final de sua pesquisa de doutorado sobre escravas brancas no Rio de Janeiro, também conhecidas como “polacas”. Traficadas do leste europeu para o Brasil, jovens judias foram levadas a acreditar que se casariam, mas eram prostituídas bordéis.

Serviço

Cine Migração

Brasília, domingo, 22 de dezembro

Programação

10:30 – Exibição de filmes da oficina de vídeo para migrantes Feitos de

Coragem, realizada em Brasília e Curitiba em 2019, seguida de conversa

com o cineasta Gustavo Castro.

15:00 – O ano novo da Haru (19 min)

Três Dias de Agosto (20 min)

A Torre (77 min)

17:30 – Nossas Histórias no Muro: Mulheres e Arte na

“Fronteira Brasil-Venezuela” (6 min)

“Libertai” (19 min)

“As estátuas de Fortaleza” (89 min)

20:00 – “Presentes da Babilônia” (24 min)

“Jovens Polacas” (96 min)

Entrada Franca

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