Movimento teve início em São Paulo e conta com o apoio de renomados chefs e empresários. Objetivo é que setor não sofra colapso
Em uma carta aberta enviada nesta quarta-feira (25), várias entidades do setor de bares e restaurantes pleitearam ajuda às instituições bancárias. O movimento teve início em São Paulo e conta com o apoio de centenas de renomados chefs e empresários. Assinaramm o documento a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Mundo Mesa, Escola de Negócios da Gastronomia (EGG) e o Movimento S.O.S Bares & Restaurantes.
Entre os pedidos, estão crédito para capital de giro; 12 meses de carência para o primeiro pagamento; taxas de juros próximas à Selic; e longo prazo para pagar (acima de 48 ou 60 meses). Eles ainda pedem que os empréstimos aconteçam com fundo garantidor do Governo e não com garantias do empresário de bares e restaurantes; prorrogação ou renegociação das operações de crédito já contratadas com juros iguais ou menores dos já praticados; e carência de 12 meses. Tudo isso sem CND – certidão negativas de débito.
O documento lembra que, devido à pandemia, o setor de bares e restaurantes pode sofrer um colapso total, com a demissão de seis milhões de trabalhadores. “Estamos sem oxigênio e precisamos de intervenção já”, diz a carta.
“Seis milhões de pessoas em todo o Brasil que trabalhavam até dez dias atrás nos restaurantes e bares preferidos de sua família, dos seus funcionários, dos seus fornecedores. E o risco é que estes lugares deixem de existir. Com isso, o comércio da alimentação feérico e pujante que faz a fama de São Paulo, e contribui com a produção e consumo de milhares de produtos da agricultura, de produtores artesanais e das grandes indústrias presentes na maior economia do país e da América do Sul, deixará de colaborar com os balanços exuberantes de vocês”, diz a carta”, continua.
Para o movimento, os bancos precisam entender “que estamos todos em uma corrente, de mãos dadas, dispostos a enfrentar a crise juntos. Mas juntos mesmo, porque de uma hecatombe, ninguém sai vivo. Perdemos funcionários, perdemos público, perdemos nosso trabalho, perdemos nossa segunda família, porque a primeira, está conosco e temos de ampará-la e sustentá-la sem saber exatamente como”.
Confira a íntegra da carta no site www.abrasel.com.br