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Mercado de contabilidade consolida-se com a fusão de empresas do setor

Em “live”, ROIT Consultoria e Contabilidade revela projeção de que número de escritórios deve diminuir 50% em dez anos, mediante fusões, aquisições, franquias e constituições de redes

Imagem Divulgação

A consolidação do mercado de contabilidade, a partir da expansão de escritórios do setor – seja por meio de redes, franquias ou fusões de negócios – é um processo em curso no Brasil. Uma análise sobre esse movimento foi feita em uma “live” promovida pela ROIT Consultoria e Contabilidade, empresa com sede em Curitiba e unidade em São Paulo, capital. De acordo com projeções da ROIT, existem cerca de 80 mil escritórios de contabilidade no país, número que deverá ser reduzido pela metada em um período de dez anos.

A estimativa é que boa parte dos escritórios se integre em redes, ou em franquias; ou ainda seja objeto de fusões e aquisições, como nas últimas décadas já ocorreu com outras atividades (segmentos do varejo, da indústria, drogarias etc). Há, inclusive, a perspectiva de ingresso de empresas norte-americanas, europeias e chinesas no mercado brasileiro, quando e se, houver mudança da regulamentação do setor.

Com intuito de compartilhar experiências e auxiliar na preparação para o novo cenário, o encontro reuniu o sócio-fundador e CEO da ROIT, Lucas Ribeiro, e outros três empreendedores que estão protagonizando movimentos de expansão de empresas do setor, rumo à consolidação do mercado. Foram eles: o sócio da BWA Global, André Adolfo; o fundador e diretor-geral do Grupo Infoco, Geraldo Luis Batista de Oliveira; e o CEO da Vers Contabilidade, Tiago Fernandes Guimarães.

FUSÃO

A BWA Global de André Adolfo, por exemplo, é fruto de uma fusão recente entre quatro empresas de contabilidade. Depois de três anos de maturação da ideia e negociação, contou André Adolfo, em 2020 surgiu a empresa resultante dessa união. A opção foi, inclusive, pela adoção de uma nova marca, para que expressasse de fato o início de uma outra fase.

Com a fusão, André Adolfo revelou que o número de colaboradores subiu de 100 para 300; ao passo que a quantidade de clientes saltou mais de três vezes: de 600 para 2 mil. “A receita triplicou”, acrescentou o empresário. A BWA Global, assim, conta com cinco unidades – duas na cidade do Rio de Janeiro, duas no Rio Grande do Norte (Natal e Mossoró) e uma em Pernambuco (Recife).

FRANQUIAS

Já os grupos Infoco e Vers seguiram o caminho da expansão por meio de franquias. O CEO da Vers Contabilidade, Tiago Fernandes Guimarães, apontou vantagens tanto para o grupo como para os escritórios franqueados. “Gera-se margem para todo mundo, e se garante a qualidade do serviço prestado”, frisou. A Vers trabalha com a proporção “30-70”: 30% da receita com o escritório franqueado, 70% para a franqueadora, que assume toda a operacionalização.

O grupo tem hoje 80 unidades espalhadas pelo país. São mais de 1,2 mil clientes. Foram três anos de preparação para a adoção desse modelo de crescimento, assinalou Tiago Guimarães. “Aos poucos estamos fazendo as adaptações necessárias. Acredito no modelo, as coisas estão indo cada vez melhor. É um desafio, um processo transformador, mas cada dia que passa vai ficando mais simples.”

Por sua vez, o Grupo Infoco, com sede em Belo Horizonte, conta com 41 unidades em todo o país, expansão iniciada em 2017, também baseada em franquias. O Infoco especializou-se também em certificação digital, passo que ajudou a atrair o interesse de possíveis franqueados, assinalou o CEO do grupo, Geraldo Luis Batista de Oliveira. “É um mercado que enche os olhos, porque tem muitas possibilidades. Criamos serviços, levamos mais produtos aos contadores; mais oportunidades de negócios, de monetizações”, afirmou Geraldo Oliveira.

LUCRO REAL

Lucas Ribeiro, da ROIT, enfatizou que sua empresa tem atuado fornecendo a escritórios tecnologias e automatização de tarefas críticas, para que possam se integrar ao processo de consolidação do mercado de contabilidade. A preparação para lidar com a nova realidade prevista de uma iminente reforma tributária – especificamente, na tendência à adesão das empresas ao regime tributário de Lucro Real, não mais do Lucro Presumido ou Simples Nacional – é outra estratégia da ROIT na contribuição a esse processo.

“Hoje, em torno de 60% dos honorários gerados no Brasil, em contabilidade, estão em apenas 3% das empresas (cerca de 500 mil empresas no Lucro Real). E tem pouca gente olhando para elas”, citou Lucas Ribeiro, sinalizando um potencial de mercado a ser explorado.

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