O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de mortalidade no mundo. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 100 mil mortes são registradas, anualmente, no Brasil. Para alertar sobre a importância da prevenção, tratamento e reabilitação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu o dia 29 de outubro como o Dia Mundial do Combate ao AVC.
O acidente vascular cerebral, ou derrame cerebral, ocorre quando há um entupimento ou o rompimento dos vasos que levam o sangue ao cérebro. Quando isso acontece provoca a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada. O AVC pode se apresentar no indivíduo como: isquêmico, entupimento dos vasos que levam sangue ao cérebro ou hemorrágico, que é o rompimento do vaso provocando sangramento no cérebro, sendo o primeiro o mais comum, com aproximadamente 85% dos casos, e o hemorrágico está presente em 15% dos casos.
A campanha de conscientização enfatiza a importância do socorro imediato para a redução nas chances de sequelas dos que são acometidos pela causa. Estudos apontam que, quem sofre um derrame e tem a medicação correta aplicada em até seis horas após o ocorrido, reduz as chances de ter sequelas permanentes. A precisão no diagnóstico é o que determina a terapia correta a ser adotada.
Apesar de bastante comum, para o neurocirurgião do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Bruno de Sousa Mendes Parente, muitos fatores de risco contribuem para o aparecimento de um AVC e com acompanhamento médico é possível identificar e tratar parte desses fatores.
“Um paciente que tem problemas com a hipertensão arterial (pressão alta), é portador de diabetes ou outras doenças cardíacas pode vir a ser uma vítima do AVC. Quem sofre com enxaquecas constantes, faz uso de anticoncepcionais hormonais, ingestão de bebidas alcoólicas, fumo, está com obesidade e é sedentário, são pessoas que, costumamos dizer, elevam as chances de serem acometidas por um AVC. Por isso, insistimos na adequação dos hábitos saudáveis no decorrer da vida”, pontua o médico.
Tratamento e reabilitação
O tratamento adequado e a reabilitação da pessoa vitimada por um AVC devem ser realizados por um grupo de profissionais habilitados, pois vai depender da particularidade de cada paciente. De acordo com a neurologista Ana Kariny Bezerra da Silva, também do corpo clínico do ICTCor, atualmente, há uma infinidade de recursos terapêuticos que podem auxiliar na restauração das funções afetadas. Tudo para que o paciente possa ter uma melhor recuperação e qualidade de vida.
“As sequelas do AVC variam conforme a região cerebral atingida, bem como de acordo com a extensão das lesões. Os de menor intensidade praticamente não deixam sequelas. Enquanto os mais graves podem levar as pessoas à morte ou a um estado de absoluta dependência. Um dos fatores determinantes para os tipos de consequências provocadas é o tempo decorrido entre o início do AVC e o recebimento do tratamento necessário”, detalha a médica.
Como identificar um AVC?
- Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;
- Dificuldade para falar ou compreender a fala;
- Alteração na visão, dor de cabeça súbita, intensa e sem causa aparente;
- Perda de força ou dormência na face, no braço ou na perna;
- Paralisia (dificuldade ou incapacidade de se movimentar).