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BANCO DO BRASIL E BB ASSET APRESENTAM E PATROCINAMA EXPOSIÇÃO “PORTINARI RAROS”, A PARTIR DE 29 DE AGOSTO, NO CCBB BRASÍLIA

A MOSTRA OFERECE UM DIFERENCIADO OLHAR À MÚLTIPLA ARTE DE CANDIDO PORTINARI

CCBB BRASÍLIA

O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília recebe, a partir de 29 de agosto, a exposição “Portinari Raros”, de Candido Portinari (1903-1962), um dos mais célebres artistas brasileiros de todos os tempos. A mostra híbrida, como bem definiu o curador Marcello Dantas, reúne cerca de 200 obras do artista, em formato físico e digital, sendo algumas pouco vistas ou nunca antes expostas ao público. Esta é a última oportunidade para se surpreender com a exposição, que já passou pelo Rio de Janeiro e Belo Horizonte, e apresenta ao público as múltiplas facetas e linguagens de Portinari.

SOBRE A CONSTRUÇÃO DA MOSTRA

Associado a certos matizes de cor e a um conteúdo figurativo levemente geométrico, existe um ‘estilo Portinari’ que se fixou no imaginário popular brasileiro. Poucos tiveram a oportunidade de se impressionar com o conjunto de técnicas e linguagens que atravessam a diversidade de sua obra, revelado em imagens tridimensionais, abstratas e realistas.

Para trazer à tona esses aspectos mais raros de sua produção, desenvolvemos alguns eixos, como sua paixão pela fauna e pela flora, imagens de sua infância, seu flerte com a abstração e a fascinação que teve, no final de sua vida, pela imagem simbólica de uma indígena Carajá, além da sua incursão nos palcos, assinando cenários e figurinos para o balé Iara”, conta Marcello Dantas – Criador e Curador da Mostra

PORTINARI TOTAL

A mostra, que ocupa a galeria do 1º andar e o pavilhão de vidro do CCBB Brasília, é composta por diversos núcleos: “Paisagens”, “Fauna”, “Gráfica”, “Cidade Imaginária”, “Cronologia de vida de Portinari”, “A Maria de Portinari”, “Infância”, “Todos por um”, “Projeto Portinari”, “Desenhos”, “Carajá”, “Balé Iara”, “Flores” e “Portinari Imenso”.

OBRAS EM DESTAQUE

Entre os muitos trabalhos do artista presentes na mostra, ressaltamos:

# “Baile na roça” (1923), trabalho exposto pela primeira vez em Brasília. Esta  tela é de suma importância na obra do pintor porque foi a primeira com temática nacional. Ela foi criada quando Portinari tinha apenas 20 anos e estava estudando na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. O trabalho ficou desaparecido por mais de cinquenta anos, sendo encontrado pelo Projeto Portinari em 1980. “Baile na roça” é um óleo sobre tela com 97 por 134 cm e pertence a uma coleção particular.# As pinturas em óleo sobre tela “Meninos com Balões” (1951), “Jangada e

Carcaça” (1940), e “Tempestade” (1943), esta, uma encomenda de Assis Chateaubriand. Ao ver a obra, Chateaubriand quis adquiri-la, mas Portinari explicou que ela já estava reservada para um amigo, prometendo-lhe fazer outra semelhante.

# “O Cemitério” (1955), obra em óleo sobre papel, presente na mostra. É a nona ilustração do livro “A selva”, de Ferreira de Castro, publicação comemorativa dos 25 anos da primeira edição da obra, ilustrada com doze gravuras de Portinari, executadas na Casa Bertrand.

# “A Morte Cavalgando” (1955), a obra se destaca por ser o estudo realizado para o painel “Guerra”, instalado na entrada da Assembleia Geral da ONU, em 1956.

# O painel em óleo sobre madeira “Flora e Fauna Brasileiras” (1934), que tem 1,60m de comprimento, e “Menino Soltando Pipa” (1958), a única cerâmica feita por Portinari ao longo de sua vida. 

# Está na mostra uma animação digital com os figurinos criados por Portinari para o Balé Iara, o primeiro balé brasileiro a entrar no circuito internacional. Com a Segunda Guerra Mundial, o Original Ballet Russe, passou a excursionar pelas Américas e procurou enriquecer seu repertório, incorporando concepções arrojadas e modernistas de importantes artistas locais. Desta forma, o argumento foi encomendado ao poeta Guilherme de Almeida; a música ao maestro Francisco Mignone e os cenários e figurinos a Portinari.

PORTINARI ATEMPORAL

Ao se debruçar sobre sua trajetória, descobre-se o domínio de um artista que se

desafiou a entender a arquitetura da pintura de forma profunda e eloquente, e que usava o desenho como uma espécie de porto sobre o qual suas cores poderiam pousar. Seu desejo popular, a imersão em seus murais, a música que dialoga com o movimento insinuado em seus quadros já sugeria, desde sempre, uma experiência multidisciplinar”, analisa Marcello Dantas.

Em dois distintos espaços desenvolvidos para a mostra, as observações do curador poderão ser vivenciadas pelo público visitante. A saber:

# A apresentação “Portinari Imenso”, que ocupa o Pavilhão de vidro, oferecendo ao visitante uma experiência imersiva única pelas pinturas de Portinari, acompanhada de trilha sonora original de autoria de Cacá Machado e desenvolvida através de quatro módulos temáticos do universo estético do artista: Brasil, Guerra e Paz, Infância e Arte Sacra.

# A criação de atrações voltadas ao pensamento e à vida de Candido Portinari, como uma experiência que traz um quebra-cabeças junto a depoimentos de amigos do pintor e uma seção dedicada à sua mulher e companheira de vida, Maria.

A vasta obra de Candido Portinari reflete o êxito de um artista que triunfou por ser original. A exposição “Portinari Raros” apresenta ainda a maquete de uma “cidade imaginária”, com modelos de edifícios famosos no Brasil e no mundo que abrigam obras desse artista plural. João Candido Portinari, fundador e diretor-geral do Projeto Portinari, destaca que “uma exposição desta natureza, e com esta abrangência, não seria possível sem os 44 anos de trabalho do Projeto Portinari, que além de cooperar com seu parceiro de longa data, o curador Marcello Dantas, na seleção das obras, no universo de seu banco de dados que cruza 5.400 obras com 30 mil documentos, forneceu-lhe também suas fichas técnicas, e demais informações sobre elas, além dos arquivos em alta resolução que permitiram a realização de projeções monumentais das obras, além de conseguir o empréstimo de algumas obras capitais, como o Baile na Roça, citado acima”.

Sobre o CCBB Brasília

O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília foi inaugurado em 12 outubro de 2000, após uma grande reforma de adaptação do Edifício Tancredo Neves, com o objetivo de reunir em um só lugar todas as formas de demonstração de arte e criatividade possíveis, para levá-las ao público da capital.

O edifício Presidente Tancredo Neves faz parte de um conjunto de obras arquitetônicas assinadas por Oscar Niemeyer. Com o seu imenso projeto paisagístico, idealizado por Alda Rabello Cunha, o prédio conta com amplos espaços de convivência, café, restaurante, galerias, sala de cinema, teatro, salas multiuso, jardins e uma praça central para eventos abertos, onde são realizados shows, espetáculos e performances.

SOBRE O CURADOR Marcello Dantas é um premiado curador interdisciplinar com ampla atividade no Brasil e no exterior. Trabalha na fronteira entre a arte e a tecnologia, produzindo exposições, museus e múltiplos projetos que buscam proporcionar experiências de imersão por meio dos sentidos e da percepção. Nos últimos anos esteve por trás da concepção de diversos museus, como o Museu da Língua Portuguesa e a

Japan House, em São Paulo; Museu da Natureza, na Serra da Capivara, Piauí; Museu da Cidade de Manaus; Museu da Gente Sergipana, em Aracaju; Museu do Caribe e o Museu do Carnaval, em Barranquilla, Colômbia. Realizou exposições individuais de alguns dos mais importantes e influentes nomes da arte contemporânea como Ai Weiwei, Anish Kapoor, Bill Viola, Christian Boltanski, Jenny Holzer, Laurie Anderson, Michelangelo Pistoletto, Rebecca Horn e Tunga. Foi também diretor artístico do Pavilhão do Brasil na Expo Shanghai 2010, do Pavilhão do Brasil na Rio+20 e da Estação Pelé, em Berlim, na Copa do Mundo de 2006. Atualmente, é responsável pela curadoria da próxima edição da Bienal do Mercosul que ocorre em 2022, em Porto Alegre, e é curador do SFER IK Museo em Tulum, México. Formado pela New York University, Marcello Dantas é membro do conselho de várias instituições internacionais e mentor de artes visuais do Art Institute of Chicago.

SOBRE O PROJETO PORTINARI

Fundado em 1979 pelo professor João Candido Portinari, então docente do Departamento de Matemática da PUC- Rio, o Projeto Portinari tem como objetivos, além do resgate abrangente e minucioso da vida e da obra de Candido Portinari, e o atendimento aos estudantes, pesquisadores, e ao público em geral, assim como a realização de exposições, publicações, palestras, e outras atividades de um centro cultural vivo e dinâmico, democratizar o legado pictórico, ético e humanista de Portinari. Com seu Educativo, criado em 1997, ele visa mobilizar este legado na promoção de valores — mais atuais do que nunca! —, como a paz, não violência, a justiça social, o espírito cívico e comunitário, a fraternidade entre os povos, e o respeito à dignidade da vida e à natureza, principalmente junto às crianças e aos jovens, esperança de um mundo mais justo e mais fraterno, mais respeitoso dos direitos humanos.

PORTINARI RAROS

CCBB BRASÍLIA

De 29 de agosto a 05 de novembro de 2023

Curadoria: Marcello Dantas

Entrada gratuita

Ingressos em bb.com.br/cultura

Apoio: Projeto Portinari

Patrocínio: Banco do Brasil e BB Asset

SERVIÇO

De 29 de agosto de 2023 a 5 de novembro de 2023

Horário | De terça a domingo, das 9h às 21h

Endereço | CCBB Brasília – SCES Trecho 02 Lote 22 – Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes Especial Sul – Brasília – DF

Entrada gratuita. Ingresso na bilheteria ou através do site bb.com.br/cultura

Classificação indicativa | Livre

Informações

Programação CCBB Brasília: bb.com.br/cultura

Fone: (61) 3108-7600

E-mail: [email protected]

instagram.com/ccbbbrasilia

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