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Bares e restaurantes têm volta do movimento, mas sofrem com dívidas e inflação 

Dívidas acumuladas e o fantasma da inflação trazem preocupação ao setor de alimentação fora do lar. É o que mostra o mais recente levantamento da Abrasel, que consultou 1.689 empresários de todo o país. No Distrito Federal 83% dos entrevistados, dizem que não conseguiram repassar aumento dos custos para o cardápio, resultado pior que a média nacional, de 74% 

Em 2022, o movimento de retomada está praticamente igual do que no restante do país. Enquanto 36% dos bares e restaurantes afirmaram ter operado com lucro em maio, a média nacional foi de 35%. Já os que fizeram prejuízo no DF são 30%, contra 29% no país. Os números ficaram estáveis em relação ao último levantamento nacional, que trouxe o resultado de abril, quando 35% tiveram lucro e 28%, prejuízo. 

A inflação é o principal obstáculo para uma retomada mais rápida; 75% dos que tiveram prejuízo citaram o aumento dos principais insumos (alimentos e bebidas) como um fator que contribuiu para o resultado negativo. Entre os outros principais fatores citados estão queda nas vendas (73%), redução no número de clientes (68%), dívidas com empréstimos bancários (55%) e dívidas com impostos (55%).  

Impostos 

Os débitos com impostos também se acumulam; os bares e restaurantes enquadrados no Simples Nacional estão com o imposto atrasado (eles representam 71% dos respondentes). Entre os que estão em atraso, 65% já aderiram ao Relp (programa de reescalonamento de dívidas do programa). O Perse, programa para reerguer o setor de eventos, mas que também engloba alguns tipos de bares e restaurantes, tem pouca penetração, em função do desconhecimento e das restrições. No Distrito Federal, só 18% aderiram  e outros 18% disseram desconhecer o programa. Além disso, 71% tem empréstimos contratados, sendo que 59% tomaram empréstimo de linhas regulares dos bancos e outros pelo PRONAMPE.

Para o presidente da Abrasel  DF, Beto Pinheiro, ” o  grande desafio do setor de bares e restaurantes, para continuar gerando emprego e renda no DF é equilibrar as contas, já que 71% dos entrevistados, além de operar no vermelho ainda tem algum tipo de dívida. E temos feito esforços junto ao governo para redução da carga tributária, como é o caso do Perse’ 

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