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Conheça as doenças de pele mais comuns no verão

Na temporada mais quente do ano, a exposição em excesso ao sol, praia, piscina e areia podem causar pequenos problemas na pele

Doenças de Pele – Verão – FreePik

É verão e nesta estação, os cuidados com a pele devem ser redobrados. O contato com o sol, a areia do mar, a piscina e o suor podem influenciar na aparência do órgão, além de causar doenças como micose e bicho geográfico. Além disso, as queimaduras também precisam de atenção pois podem trazer problemas como o envelhecimento precoce e ainda aumentar o risco de câncer de pele. 

Para o dermatologista Erasmo Tokarski, especialista em pele há mais de 30 anos, especialmente durante o verão, recomenda-se usar diariamente e de forma contínua, protetor solar, óculos de sol, chapéus ou bonés, roupas leves e frescas, calçados abertos, além de beber bastante água e evitar a exposição solar entre às 11hs e às 16h, quando a incidência dos raios solares são mais potencializadas.

 “A pele exige cuidados durante todo o ano e ao longo da vida. Porém, na estação mais quente do ano precisamos redobrar a atenção para evitar surpresas e aproveitar o verão de uma forma mais saudável”, pontua o médico.

Tokarski reforça que as doenças de pele no verão são bastante conhecidas pela população, mas ressalta que, mesmo sendo comuns no período, é preciso atenção para que o problema não se agrave. O especialista afirma que com os  devidos cuidados preventivos é possível que a pessoa não seja acometida por nenhuma dessas doenças.
“O primeiro passo é manter a pele bem hidratada pois ela tem o papel de promover barreiras hídrica, térmica, função de aquecimento, sensibilidade, além de proteger o corpo imunologicamente. Se ela estiver íntegra, esse risco de desenvolvimento de doenças diminui consideravelmente”, explica o dermatologista.

Conheça quais são as doenças de pele mais comuns no verão e saiba como combatê-las:

Doenças de Pele – Verão – FreePik

Acne solar

A exposição ao sol e o calor dos dias típicos de verão tendem a agravar a oleosidade da pele, favorecendo o surgimento de cravos e espinhas. É comum que, no primeiro dia de férias, com a exposição solar, a pele fique um pouco mais seca, o que parece que diminui as espinhas, mas no dia a seguir, a resposta natural do corpo será aumentar a oleosidade natural da pele, agravando a acne.

Como tratar: deve-se passar um filtro solar próprio para o tipo de pele do rosto, lavar com o sabonete adequado e usar loções próprias para acne. Também é importante evitar espremer cravos e espinhas, para que o rosto não fique manchado. Para os casos mais graves, podem ser recomendados antibióticos orais indicados pelo profissional de saúde.

Queimaduras de sol

Quando a pele exposta ao sol fica avermelhada e bastante sensível ao toque, pode indicar que a pele foi danificada e encontra-se com queimaduras de raios solares.

Como tratar: os sintomas podem ser aliviados com o uso de compressas de água fria, analgésicos e loções corporais calmantes. A pele tende a descamar após alguns dias e para evitar que isso ocorra é aconselhado beber bastante água. Caso ainda assim a pele começar a soltar, é importante não remover e deixar que ela saia sozinha durante o banho. 

Micoses
São as infecções fúngicas que acometem a pele, o cabelo e as unhas e caracterizam-se por apresentar vermelhidão, descamação ou coceira. Normalmente aparecem em áreas de dobras, que são regiões mais quentes e que acumulam suor. Também existem as micoses de unha, que têm lesões que provocam a onicomicose (fungos). Em geral, apresentam sinais como o espessamento da unha, aumento da fragilidade (unhas quebradiças), distorções na forma, perda do brilho natural e escurecimento. no caso da candidíase cutânea, o primeiro sintoma é uma vermelhidão, que acomete principalmente as dobras.

Como tratar: um dos principais cuidados é evitar ficar com o corpo suado ou molhado por muito tempo. O dermatologista ainda pode indicar o uso de cremes ou loções que devem ser aplicadas diariamente até a completa eliminação das manchas na pele.

Bicho geográfico ou Larva Migrans

É uma dermatite serpiginosa tropical causada por parasitas encontrados em fezes de gatos e cachorros doentes. A larva das fezes desses animais, que encontram na areia, penetram na pele humana, causando coceira, vermelhidão e lesões semelhantes a mapas, por isso o nome bicho geográfico.

Como tratar: deve-se consultar um dermatologista para iniciar o uso de um remédio para vermes e ainda o uso de cremes e pomadas adequadas.

Brotoeja ou Miliária

A brotoeja é mais comum em bebês e crianças nos dias muito quentes, quando a pele fica úmida devido ao suor. As áreas mais afetadas são o pescoço, nuca, peito, barriga, costas e as dobrinhas dos joelhos e cotovelo. Em alguns casos ela pode provocar coceira e a criança fica muito irritada, chorando sem razão aparente.

Como tratar: normalmente não é necessário um tratamento específico, mas pode ser evitada ao usar roupas frescas e locais muito quentes e úmidos. Colocar um pouco de talco mentolado ou pasta d’água nas regiões mais afetadas pode também ajudar inicialmente.

Fitofotodermatose 

São aquelas doenças de pele que parecem queimaduras, mas foram causadas pelo contato com alguns alimentos  e depois a exposição ao sol. O suco das frutas cítricas, por exemplo,  pode causar uma mancha escura na pele. Apesar desse tipo de queimadura ser mais comum com limão, a manga, caju, a laranja, a tangerina e a toranja também podem causar esse tipo de lesão. 

Como tratar: quando se formam bolhas o tratamento é o mesmo que numa queimadura por sol. O tratamento é feito por meio do uso de medicamentos aplicados diretamente nas áreas acometidas. A hidratação da pele ajuda muito na recuperação. Deve-se ter atenção extra para a proteção solar da pele nas áreas com lesões.

Foliculite

É uma infecção bacteriana do folículo piloso com um quadro clínico semelhante ao de espinhas nas áreas de pelo, principalmente barba e região da nuca nos homens e axilas e virilha nas mulheres. 

Como tratar: O tratamento pode ser tópico e com algumas mudanças de hábitos, como uma depilação a laser e roupas que não apertem tanto a região. É necessário o uso de antibióticos tópicos.

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