Oficina virtual reúne as professoras Ana Paula Jacques e Juliana de Andrade, do IFB, para tratar do protagonismo feminino na gastronomia contemporânea
*Iniciativa gratuita se integra ao programa ‘Mulheres na Roda da Cultura’, criado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF para celebrar o Dia Internacional da Mulher
*Evento é realizado graças aos recursos da Lei Aldir Blanc
*Encontro será no dia 24 de março, às 19h
*Vagas limitadas a 50 participantes
*Inscrições: https://docs.google.com/forms/d/1cXA_eLVxHvmEanzurRSzFFuIuNxUElagH-26SYd5mJw/prefill
“Lugar de mulher é na cozinha”: essa expressão, nascida sob o signo da depreciação e do machismo, está sendo convertida em lema por mulheres chefs, professoras, estudiosas e empreendedoras de todo o mundo, que decidiram se contrapor à desigualdade de prestígio entre homens e mulheres à frente das grandes cozinhas profissionais. No Mês da Mulher, a Objeto Sim Projetos Culturais, em parceria com Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Distrito Federal – SECEC, decidiu promover uma oficina que afirma o protagonismo feminino na alta gastronomia.
A oficina LUGAR DE MULHER É NA COZINHA? reunirá duas professoras de gastronomia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília, a doutora, mestre, chef, empreendedora e professora Ana Paula Jacques e a mestre, professora e doutoranda Juliana de Andrade para um bate-papo virtual sobre o tema. A iniciativa se soma à programação da SECEC em homenagem ao Dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, e será oferecida gratuitamente, no próximo dia 24 de março, às 19h. Como as vagas são limitadas a 50 participantes, será preciso fazer inscrição através do site https://docs.google.com/forms/d/1cXA_eLVxHvmEanzurRSzFFuIuNxUElagH-26SYd5mJw/prefill.
O evento é uma realização da Objeto Sim Projetos Culturais em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e conta com recursos da Lei Aldir Blanc.
A OFICINA
O papel da mulher na cozinha não se esgota na imagem caricatural das “mamas” dos melodramas italianos, nem das donas-de-casa obrigadas a atuar apenas no contexto doméstico. Cada dia observa-se uma presença mais significativa de mulheres à frente das cozinhas de renomados restaurantes nacionais e internacionais. Mas embora grandes nomes da gastronomia no mundo afirmem que aprenderam truques e receitas com suas mães e avós, as mulheres ainda encontram muitos obstáculos para se firmar no ambiente profissional da gastronomia.
O que faz com que pessoas que dominam as cozinhas e os orçamentos domésticos, que são maioria entre as merendeiras e doceiras e que integram as equipes de grandes restaurantes, tenham tanta dificuldade de conquistar espaços prestigiados nas cozinhas de alta gastronomia? O que têm feito as chefs mulheres para tentar mudar essa realidade? Estes e outros assuntos serão abordados na oficina LUGAR DE MULHER É NA COZINHA?, que quer afirmar que o lugar da mulher é onde ela quiser, inclusive liderando equipes das maiores cozinhas internacionais, exercendo protagonismo também nessa área.
O caminho é longo. Os homens ainda são maioria quando se trata de reconhecer os melhores chefs do mundo. Segundo a revista francesa “Le Chef”, em 2020 existiam apenas quatro mulheres entre os 100 melhores chefs do mundo. Mas as mulheres estão encarando esse desafio e, aos poucos, transformando essa realidade desigual, como se verá na conversa entre Ana Paula Jacques e Juliana de Andrade.
ANA PAULA JACQUES é Doutora em Política e Gestão da Sustentabilidade e mestra em Turismo. Gaúcha de nascimento e brasiliense de coração, há mais de duas décadas ‘fincou’ raízes no Cerrado onde se dedica à valorização dos produtos da sociobiodiversidade na gastronomia e no turismo como estratégia para o desenvolvimento sustentável da região. Ana Paula é cozinheira, empreendedora e professora de gastronomia no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB). Idealizou o food lab Comida pra Pensar e é curadora do projeto Cerrado no Prato. Está sempre em busca das últimas tendências na gastronomia e de novas perguntas para entender o papel do alimento e do cozinheiro no mundo contemporâneo. Seu propósito é contribuir para a formação de profissionais conscientes de sua responsabilidade na proteção da biodiversidade e consolidação de uma gastronomia brasileira em estreito diálogo com o território, a sustentabilidade e a cultura local.
JULIANA DE ANDRADE é professora de Gastronomia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB) e Doutoranda em Psicologia (linha de pesquisa Cultura contemporânea e relações humanas) na Universidade Católica de Brasília – UCB, onde também se tornou Mestre em Psicologia. Atua como coordenadora do Projeto Cozinha Invisível, que aborda tanto o campo de trabalho da mulher na cozinha profissional (especialmente das cozinheiras), como busca discutir a representatividade da mulher na Gastronomia e a percepção sobre seu trabalho. Juliana de Andrade integra o Food.ies – Grupo de pesquisa em inovação, educação empreendedora e sustentabilidade aplicadas à Gastronomia e ao Turismo CNPq/IFB, criado para realizar investigações interdisciplinares a partir dos olhares e procedimentos da Gastronomia, assumindo a inovação, educação empreendedora e sustentabilidade como vetores para enfrentar os desafios atuais e futuros da sociedade com vistas ao desenvolvimento sustentável, redução da desigualdade, equidade de gênero, entre outras questões que perpassam o debate contemporâneo.
SERVIÇO
OFICINA “LUGAR DE MULHER É NA COZINHA?”
Data: 24 de março de 2021
Horário: 19h
VAGAS LIMITADAS A 50 PARTICIPANTES
Inscrições abertas através do site:
https://docs.google.com/forms/d/1cXA_eLVxHvmEanzurRSzFFuIuNxUElagH-26SYd5mJw/prefill
Mais informações: comunicaçã[email protected]