Memorial dos Povos Indígenas estuda criar cadastro para artistas dos povos originários; melhorias no equipamento da Secec preveem ainda cinemateca, biblioteca e núcleo de estudos
O Memorial dos Povos Indígenas (MPI), equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), estuda criar cadastro de artistas e artesãos dos povos originários, o que vai permitir a ocupação sistemática e exclusiva, com seus trabalhos, dos espaços de exposição interno e externo do equipamento.
A ideia é que um chamamento público estabeleça critérios a fim de permitir ampla participação desses povos no MPI, contribuindo para a divulgação sistemática da arte de seus agentes culturais e cumprindo os objetivos com que o espaço foi criado em 1987.
Também na prancheta estão a criação de uma cinemateca voltada para a temática indígena e a montagem de uma biblioteca especializada em cultura, etnografia e antropologia. Em avaliação, a possibilidade de se criar uma área técnica de pesquisas em arqueologia colonial e pré-Colonial.
Outro melhoramento cogitado é a abertura de lanchonete com a culinária típica. O projeto prevê ainda ações de revitalização, como a troca de todo o piso atual, e reparos gerais de infraestrutura, nos espaços de exposição e na arena interna.
O MPI, com área construída de 3 mil metros quadrados, só veio a ser utilizado com sua finalidade a partir de 1995. É fruto do esforço e da vontade do antropólogo e criador da Universidade de Brasília, Darcy Ribeiro, e sua companheira Berta, abrigando como principal acervo – um dos mais importantes das Américas – as obras doadas pelo casal.