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Mostra de fotógrafo alemão do pós-guerra, referência no fotojornalismo, chega ao Museu Nacional

Foto – Arno Fischer

Arno Fischer tornou-se famoso por registros em p&b de moda, personalidades e cotidiano

O público de Brasília aficionado por fotografia, fotojornalismo e a beleza estética de registros em preto em branco poderá ver a partir do dia 13 de novembro o trabalho do alemão Arno Fischer (1927-2011), que será exposto no Museu Nacional da República com entrada franca.

Prisioneiro dos britânicos na Segunda Guerra Mundial, Arno Fischer foi libertado em 1946. Ele foi carpinteiro antes de esculpir em madeira e fazer aulas de desenho na Academia de Artes de Berlin-Weißensee. Apesar de não ter formação técnica, começou a fotografar para sobreviver. Seus trabalhos para a revista de moda e cultura da Alemanha Oriental “Sibylle”, assim como retratos de personalidades e viagens pelo mundo acabaram sobressaindo.

A professora de Fotografia do Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes da UnB Denise Camargo considera a exibição do trabalho de Fischer fundamental para os profissionais da área e público interessado.

Explica que ele “trouxe um novo olhar para a fotografia, elevando-a à condição de arte, com caráter autoral”. Frisa que Fischer fundou uma escola da qual participaram outros nomes mundiais da arte, como o também alemão Helmut Newton (1920-2004) e o francês Henri Cartier-Bresson (1908-2004).

“Fischer também produziu uma retratação do cotidiano no pós-guerra, uma fotografia em preto e branco belíssima, de altíssima qualidade. Ele acaba sendo uma referência para o próprio fotojornalismo alemão. E, apesar disso, é praticamente desconhecido aqui no Brasil”.

As fotografias em preto e branco de Fischer chegam ao Brasil numa iniciativa da Embaixada da Alemanha e do Goethe-Zentrum, em colaboração com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Planejada pelo Instituto de Relações Exteriores da Alemanha (ifa – Institut für Auslandsbeziehungen, uma agência centenária de difusão cultural), a mostra oferece uma visão panorâmica da carreira do fotógrafo.

O ponto de partida é o seu trabalho “Situation in Berlin”, no qual ele se concentra nos quatro setores da conflagrada capital alemã depois da derrota de 1945. A publicação desse material chegou a ser proibida com a construção do muro em 1961.

A última parte da exposição traz uma série de fotografias Polaroid tiradas no jardim de Arno Fischer. A natureza-morta e inúmeros detalhes foram organizados em grupos pelo artista e permitem vislumbrar a essência condensada de seu trabalho.

Haverá um vernissage no dia 12 de novembro, às 18h30, com a presença do curador, fotógrafo e ex-aluno de Arno Fischer, Andreas Rost, no Museu Nacional da República, em Brasília.

Foto – Arno Fischer

O acervo ficará exposto até o dia 5 de janeiro de 2020 e a entrada é gratuita.

Serviço:
Exposição “Arno Fischer – Fotografia”
Quando: 13/11 a 05/01/2020
Onde: Museu Nacional da República – Setor Cultural Lote 2, Galeria térreo
Entrada gratuita

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