Hamburgueria pioneira do DF abre loja com elementos ligados ao visual da cidade. Inauguração começa em 21/9 com batalha de chefs.
No lugar das referências aos Estados Unidos e à década de 1950, uma decoração sintonizada com a arquitetura e os elementos visuais de Brasília. Em vez do vermelho predominante, tons mais leves em azul, cobre e branco. Com visual reformulado, novidades de conceito e no cardápio, o Marvin BSB Burger vai reabrir, no dia 21 de setembro, a loja da 110 Norte, a primeira com a nova cara da rede de restaurantes pioneira em hambúrgueres do Distrito Federal.
“Não é uma revolução, é uma evolução”, explica um dos proprietários, Rafael Costacurta. “Estamos há quase 20 anos no mercado e vimos que era o momento de caminhar, de proporcionar uma nova experiência aos nossos clientes. A loja da 110 Norte é uma loja-piloto. É nela que estamos apresentando nosso novo conceito”, completa o responsável pelas operações da hamburgueria fundada em 2000.
A substituição da palavra “American” pelo termo “BSB” (abreviação de Brasília) no nome do negócio é uma das novidades. “Éramos o Marvin American Burger e agora somos o Marvin BSB Burger. Somos uma hamburgueria de Brasília e estamos declarando nosso amor à cidade que há quase duas décadas prestigia nossos restaurantes”, conta Rafael.
Além da nova cara, o Marvin adotou uma concepção de atendimento em sintonia com as mudanças do mercado: não haverá garçons na loja da 110 Norte. Os pedidos serão feitos no balcão e entregues à mesa quando ficarem prontos. Uma forma de investir na clientela mais jovem sem abrir mão dos fregueses de sempre. “O público jovem gosta bastante de ambientes assim. São muito despojados, gostam de curtir o momento em lugares descontraídos”, acredita Rafael.
A reinauguração é a consolidação do que já vinha ocorrendo discretamente no mundo virtual. O site e as redes sociais do Marvin, por exemplo, já apresentam a nova logomarca com o conceito atual. “A loja da 110 significa a experiência completa do que será a marca”, afirma Rafael. A loja tem 60 lugares e área de 60 m². Os outros restaurantes serão renovados ao longo de 2020.
Dois novos sanduíches
As mudanças também incluem a ampliação dos sabores. No quesito gastronomia, a aposta é valorizar o que já foi consagrado pelo pioneirismo e incorporar sugestões do público. Duas novas iguarias prometem surpreender quem já era cliente assíduo: o Croc Burger, um sanduíche de frango empanado, e o Dois Candangos, que foi oferecido durante as comemorações do aniversário de Brasília, fez sucesso e garantiu lugar definitivo no cardápio.
O Croc Burger é o primeiro sanduíche 100% de frango do Marvin, empanado na farinha de panko super crocante e servido com salada e maionese da casa. O Dois Candangos mescla um hambúrguer tradicional, queijo minas meia cura, picles de abobrinha e tomate. Ambos serão servidos com a nova maionese, temperada na loja, que acompanhará alguns dos sanduíches. Clássicos como o Massimo Burger, o Cheddar Burger, o Bacon Burger e o Portenho seguem no rol de ofertas.
Além disso, os hambúrgueres do Marvin vão ficar ainda mais saborosos: a nova carne será de Angus, que substituirá o Nelore. “O Angus é uma raça de boi cuja gordura é mais saborosa, que se integra melhor ao sanduíche melhorando a experiência gastronômica”, explica Rafael.
Eco-copo, chopp e batalha de chefs
A reinauguração promete animação, fartura e responsabilidade socioambiental. Quem prestigiar o evento do dia 21/9 vai ganhar de brinde um eco-copo – copo reutilizável que substitui o descartável e reduz o impacto ambiental – e poderá estreá-lo bebendo chopp da Heineken, que será gratuito no evento.
Os clientes que comparecerem terão também a oportunidade de vivenciar uma nova experiência gastronômica. Quem comprar o ingresso para o evento terá direito a um combo com dois hambúrgueres preparados especialmente para a ocasião e votar no mais saboroso. As iguarias terão a assinatura de chefs de destaque da cidade: Renata La Porta, do buffet homônimo, e a dupla Alexandre Aroucha e Leônidas Neto, do Grand Cru.
O sanduíche vencedor integrará o cardápio durante três meses e parte do dinheiro da venda será doado à instituição de caridade indicada pelo criador do burger.
Pioneirismo
Fundado no ano 2000 pelos proprietários do Marietta, o Marvin tem sete lojas em Brasília. Assim como muitos dos primeiros habitantes da capital do país, o grupo carrega a marca do pioneirismo: foi o primeiro estabelecimento do Distrito Federal a oferecer hambúrgueres mais autorais e preparados com ingredientes que iam além dos queijos, molhos e complementos tradicionais, sem a pegada fast-food que sempre caracterizou esse tipo de negócio.
“O hambúrguer permite muitas interpretações: pode ser junk, industrial ou gourmet. Mas é uma refeição, um alimento. Pode ser mais equilibrado. E, como em toda boa gastronomia, depende de qualidade dos ingredientes e do domínio das técnicas”, conta Rafael Costacurta.
Com essa proposta, o Marvin sempre marcou presença na vida cultural e gastronômica de Brasília, a exemplo do CoMA – Convenção de Música e Arte e do Picnick, e já firmou parcerias com marcais locais para distribuição de brindes aos clientes.
Serviço:
Inauguração do Marvin BSB Burger.
Local: 110 Norte, Bloco A Loja 10
Data: 21/9
Horário: 19h
Ingresso: R$ 39 *
Instagram: @marvinburger_
Internet: www.marvinburger.com.br
Facebook: www.facebook.com/MarvinAmericanBurgerbsb/
Onde encontrar: https://marvinburger.com.br/encontre-um-marvin/
* O ingresso dá direito a um eco-copo, chopp gratuito e combo com os dois hambúrgueres da batalha de chefs.
Talento formado em casa
Responsável pelas operações do Marvin, Rafael Costacurta representa a eficiência à frente de um negócio familiar bem-sucedido.
O universo da gastronomia sempre fez parte da vida de Rafael Costacurta. Quando seus pais fundaram o Marietta, em 1982, o brasiliense não tinha idade suficiente sequer para degustar os sanduíches da casa. E jamais poderia imaginar que em 2019, aos 40 anos, seria um dos proprietários e o responsável pelas operações da rede de restaurantes da família, que desde o ano 2000 inclui o Marvin BSB Burger.
Rafael começou cedo a vida profissional. Aos 18 anos, já estava trabalhando no Marietta. Chegou a cursar Comunicação Social – Jornalismo e terminou a graduação, mas tomou gosto mesmo pelos negócios. Ao aprendizado diário com o pai, o empresário Edson Costacurta, de 69 anos, ele acrescentou cursos de barista, sommelier, cozinha e capacitações na área de administração.
A experiência e a formação deram a Rafael as ferramentas para assumir mais responsabilidades em um grupo que possui 11 restaurantes: sete do Marvin e nove do Marietta (várias lojas têm operações conjuntas). É ele, por exemplo, quem está à frente da reformulação da hamburgueria, desde a concepção do novo visual até as escolhas relacionadas ao cardápio na nova loja da 110 Norte. “Gosto muito de planejar e de ter e implementar ideias. E, embora eu não seja um chef, sei como a dinâmica da gastronomia funciona”, conta o administrador.
A rotina é puxada. Rafael acorda cedo. Faz questão de começar o dia com uma xícara de café coado, que prepara com o carinho de um barista. Costuma dar início ao expediente checando os emails. Também aproveita para responder clientes pelas redes sociais, pelo site e as avaliações do iFood. Perto da hora do almoço, dá início à peregrinação, que divide com o pai, a madrasta e a irmã, Fernanda Costacurta: ele visita, em média, duas lojas por dia. Confere o movimento do público e supervisiona o trabalho dos funcionários.
“A gente se organiza pra isso. Provo os pratos, entro na cozinha, analiso a forma como o pessoal da cozinha está fazendo as coisas”, conta Rafael, que também reserva uma parte da semana para reuniões com fornecedores. “Sempre tem muito trabalho. A diferença é que às segundas, terças e quartas-feiras eu volto um pouco mais cedo pra casa. Às quintas, sextas e sábados, saio mais tarde”, conta.
Eterno aprendizado
Queixas sobre a carga de trabalho? Um pouco, mas Rafael está acostumado. Ele aprecia não ter horário fixo, não ter que ficar preso a um escritório e poder circular pela cidade. E não se assusta com a responsabilidade de tocar um negócio bem-sucedido. “São muitas lojas e cerca 300 funcionários, então é um desafio manter essa engrenagem girando. É um eterno aprendizado”, garante.
A maior recompensa, no entanto, não tem a ver com planilhas. Tampouco com as finanças. “Gosto de ver minhas ideias aprovadas pelo público. Os novos pratos, os novos sabores, saber se as pessoas curtiram. É o que mais dá prazer”, finaliza Rafael, confiante na resposta positiva do público às mudanças implementadas na nova loja da 110 Norte.
Duas perguntas para Rafael Costacurta
Porque promover mudanças em um negócio bem-sucedido?
“Apesar de sermos bem conhecidos e estabelecidos, sentimos bastante, nos últimos anos a abertura de muitas hamburguerias, food trucks e deliveries. A gente não pode ficar parado. Vimos que era o momento de caminhar, de modernizar, de repensar o que vale a pena ter no cardápio. Pensar na apresentação dos produtos, na qualidade dos ingredientes, buscar mais produtores locais. Sempre tentamos trabalhar com isso. Essa parte dos produtores sempre existiu.”
Hambúrguer é fast food ou alta gastronomia?
“Entendo o hambúrguer como uma comida, uma refeição como qualquer outra. Nesse sentido, acredito que quanto melhores os ingredientes e melhor a técnica, melhor será o resultado no final. O hambúrguer é muito universal e liberal. Assim como a pizza, por exemplo. Existem diversos jeitos de fazer. E são muitas as opções e interpretações: você pode buscar um hambúrguer mais junk, um mais industrial ou um super gourmet. Mas também acho que o hambúrguer pode ser uma refeição relativamente equilibrada: não precisa pesar uma tonelada e levar muita gordura, muita carne e muito bacon. Pode ser uma refeição para o almoço e que dê espaço para o jantar”.