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Semana Mundial de Conscientização sobre a doença celíaca

Antes defasado, agora o comércio do Distrito Federal conta com espaços especializados em alimentação inclusiva, como a Saucker, presente na Asa Norte e em Águas Claras 

Déficit de crescimento, anemia, diarréia crônica e desânimo são alguns dos sintomas comumente apresentados por pessoas com a doença celíaca, problema que pode se manifestar de maneira silenciosa e que afeta crianças, jovens, adultos e idosos sem distinção. No dia 16 de maio é comemorado o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Celíaca para lembrar a todos sobre os problemas que esse mal pode trazer. O número de pessoas com a doença celíaca cresceu nos últimos anos no Brasil. A doença celíaca não possui tratamento clínico medicamentoso específico.  A única forma de intervenção é o controle rigoroso da ingestão alimentar, com a exclusão do glúten da dieta.

No Brasil, não são realizados levantamentos periódicos sobre a temática, mas, segundo dados da Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil  – FENACELBRA, estima-se que dois milhões de brasileiros sejam afetadas por esse mal, a maioria sem diagnóstico, enquanto no Distrito Federal considera-se que 1 a cada 681 pessoas, também apresentam este quadro, segundo o último levantamento realizado na UnB pelo Centro de Prevenção e Diagnóstico da Doença Celíaca.

“Considerando que a Doença Celíaca é uma doença autoimune, é importante que esses pacientes estejam atentos à saúde gastrointestinal. O intestino é a nossa maior barreira imunológica, sendo assim, o cuidado com a alimentação desses pacientes deve ser redobrada”, explica Carla de Castro, nutricionista especialista em nutrição e saúde mental da clínica Sallva.  Ela complementa ressaltando os três pontos que são fundamentais para saúde e qualidade dos pacientes com Doença Celíaca são:

1. É importante fazer a exclusão não apenas o glúten, mas, de todos os alimentos que podem ser agressores da microbiota intestinal, como os produtos lácteos;

2. Outro ponto fundamental é a realização de investigação de comodidades associadas à Doença Celíaca, como por exemplo, a anemia, que é muito comum nesses pacientes! Fazer uma suplementação de vitaminas e minerais completa, com base na individualidade, também vai trazer muitos benefícios!

3. Procurar produtos saudáveis, livres de glúten, e, principalmente, livres de contaminação cruzada, é fundamental para a saúde desses pacientes!


Opções inclusivas no comércio do Distrito Federal
Como forma de atender a este público desassistido, Brasília recebeu, nos últimos meses, mais uma nova loja da franquia Saucker, marca de alimentação inclusiva especializada em produtos saudáveis, sem glúten e sem lácteos. 

O novo espaço fica em Águas Claras e funciona conectado com o centro de produção na loja da Asa Norte, que conta com 160 metros quadrados, distribuídos em dois pisos, divididos entre Linha de Produção, Panificados, Empório, Câmara Fria e Vitrine de Tortas. A proposta dos spots gastronômicos é atender o público de Brasília que busca por saúde e bem estar, com produtos referendados e seguros, além, é claro, de uma gama crescente de pessoas com alergias alimentares severas ou leves, como as celíacas ou intolerantes a leite e trigo.

Os produtos e alimentos da marca são desenvolvidos de maneira artesanal e são acompanhados em toda a cadeia de produção: da compra com fornecedores à entrega dos produtos. Por isso, a maior parte deles é de fabricação própria, sem risco de contaminação cruzada de alimentos, ou seja: transferência acidental, direta ou indireta, de contaminantes físicos, químicos ou biológicos prejudiciais à saúde humana, principalmente por meio de manipuladores, vetores, superfícies, utensílios, equipamentos ou outros alimentos, durante os processos produção, manipulação, processamento, preparação, tratamento, armazenamento, embalagem, transporte, conservação ou serviço.

Paulo Frias, sócio da marca e um dos donos da franquia em Brasília, explica que há no DF todo um público carente por produtos sem glúten e sem lácteos, e que essa demanda é crescente. “Para nós da Saucker é um prazer e uma honra trabalhar para pessoas que buscam por saúde e bem-estar, que é a linha condutora do nosso trabalho, bem como atender uma parcela da população que não se vê incluída, por exemplo, quando estão em reuniões ou  encontros onde a comida acaba sendo o centro das atenções”, conta. 

“Eu trouxe a ideia do espaço com alimentação inclusiva de Minas Gerais, onde eu tinha uma sócia, para Brasília. Alguns anos depois desfiz a minha sociedade com a marca mineira e conheci a Denise Godinho. Com toda a sua qualidade e entrega, ficou impossível não investir em uma nova marca, então, fundamos a Saucker”, explica o sócio. “Além dos produtos embalados, também fazemos atendimento de mesa e balcão com sanduíches, pratos executivos, tortas, cafés, sucos, massas frescas e saladas”,  completa Paulo Frias.

“Para mim foi uma alegria ser convidada a fazer parte desta sociedade, pois eu vivo diariamente em função de uma vida saudável. Isto porque a vida do meu filho, nos anos 80, foi salva graças às pesquisas, experimentações e estudos que desenvolvi em torno da doença celíaca e de uma alimentação mais inclusiva”, explica a Chef Denise Godinho, que é especialista em alimentação inclusiva, sócia  da marca e assina todos os produtos vendidos na casa.  Ela, à época, deu à luz a uma criança celíaca e o diagnóstico tardio quase levou à morte o garoto que, por vezes, tinha reações alérgicas que envolviam edema de glote, resultado de uma reação alérgica grave que provoca inchaço repentino na garganta. 

A marca atua em diversas frentes de atendimento com produtos low carb, plant based, vinhos, kit festa inclusiva com doces, mini salgados e tortas; padaria com produtos frescos, pães de forma e bolos; cestas para jantares e lanches; mercearia com bebidas vegetais, cafés e chás, geléias, antepastos, massas e fermentados de castanhas; além de toda uma linha de produtos sem açúcar. Os produtos são produzidos com fermentação longa. 

O que é a doença celíaca 

A doença celíaca é caracterizada pela intolerância permanente ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, na aveia, no centeio e na cevada (também em seu subproduto, o malte). A fração tóxica do glúten é a gliadina. Essa substância afeta o intestino delgado, cujas paredes internas são cobertas por vilosidades – semelhantes a pequenas saliências que capturam os nutrientes necessários ao organismo.

Números sobre a doença celíaca no Brasil e no mundo:

  • Afeta em torno de 2 milhões de pessoas no Brasil, mas a maioria delas encontra-se sem diagnóstico.
  • Na Europa a prevalência oscila entre 1:150 e 1:300.
  • Os estudos amostrais realizados em São Paulo, Ribeirão Preto e Brasília permitem estimar a incidência da doença em 1:214, 1:273 e 1:681, respectivamente. Esta constatação coloca o Brasil ao nível da população europeia – a mais afetada.
  • A doença celíaca pode aparecer em qualquer fase da vida, e atualmente, estima-se que a cada 400 brasileiros um seja celíaco.
  • De cada oito pessoas que possuem a doença, apenas uma tem o diagnóstico.
  • A doença celíaca é cosmopolita e afeta pessoas de todas as classes sociais. No Brasil a miscigenação vem rompendo a barreira etno-racial sendo diagnosticada entre os afrodescendentes e os povos indígenas.

SERVIÇO:
Semana Mundial de Conscientização sobre a doença celíaca 

Local: Asa norte
Horário de funcionamento: 8h30 às 20h30
Telefone: (61) 99932-9683
Endereço: SCRN 702/3 Bloco H, loja 1

Local: Águas Claras
Horário de funcionamento: 9h às 21h
Telefone: (61) 99697-6839
Endereço: Edifício Le Club, Rua 33 Sul, 5 – Loja 12

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