Consultas, exames e atividades físicas podem evitar o aparecimento de enfermidades, explica o médico veterinário Rogério Fonseca
Conhecido como o mês internacional do coração, o setembro vermelho é uma campanha dedicada aos cuidados cardíacos, incluindo os pets. Estima-se que mais de 35% dos cães com idade superior a 8 anos possuem algum tipo de doença do coração. Por isso, ficar atento aos cuidados é essencial para promover o bem-estar e a qualidade de vida do animal.
Segundo o médico veterinário Rogério Fonseca, do Hospital Veterinário Amparo, as doenças cardiovasculares podem ocorrer por diversos motivos como hereditariedade ou idade avançada. O especialista explica quais são as enfermidades mais comuns entre cães e gatos com relação a um dos principais órgãos do corpo, o coração.
“Em cachorros de pequeno porte é mais propenso à insuficiência da valva mitral, com tosse e dificuldade respiratória. Já nos cães de porte grande, é a cardiomiopatia, com fraqueza e os animais podem desmaiar. Outra doença é a dirofilariose, mais conhecida como verme do coração, em que tosse, fraqueza e respiração curta e acelerada podem aparecer.”
Rogério também alerta para os doenças cardiovasculares em felinos. “No caso dos gatos, uma das doenças cardiovasculares mais comuns é a Cardiomiopatia Hipertrófica (CMH). O diagnóstico desse problema no coração pode ser bem difícil, já que os animais ficam assintomáticos por bastante tempo. No geral, todas as raças e idades estão vulneráveis, mas os machos de meia-idade têm mais chances de desencadear o problema.”
Rogério Fonseca explica que a prevenção é fundamental. “É imprescindível realizar o diagnóstico precoce para fazer o tratamento adequado. Por isso, leve o animal ao médico veterinário para exames de rotina e investigue seu histórico familiar. É importante fazer avaliação cardíaca em animais acima de 7 anos de idade, realizando exames ecocardiograma e eletrocardiograma”, conta Fonseca.
Além das consultas de rotina, Rogério explica que a prevenção pode ser feita com cuidados diários. Alimentação e atividades físicas pode fazer toda a diferença. “É preciso que o animal tenha uma ração de qualidade para a alimentação. Além disso, o tutor deve estimular atividades físicas, levar o cãozinho para passear todos os dias faz toda a diferença e beneficia os tutores também. Já para os felinos, vale a pena pensar em inserir algumas prateleiras na decoração da casa ou do apartamento para eles escalarem e exercitarem o corpo diariamente.”
Em muitas doenças cardiovasculares, os sintomas podem ser silenciosos, mas caso o animal apresente algum sinal é preciso ficar alerta. Os mais comuns são: tosse seca, falta de ar, apatia e indisposição, emagrecimento, desmaios e língua e mucosas roxas. Rogério dá algumas dicas de o que o tutor pode fazer para cuidar ainda mais do seu animalzinho.
“Os animais devem ser acompanhados periodicamente por seu veterinário para que doenças cardiovasculares possam ser prevenidas, por meio de consultas e exames, além das atividades que podem ser incluídas na rotina dos tutores e dos pets. É preciso que o tutor fique atento ao pet e caso apresente algum sintoma um especialista deve ser procurado para realização de exames.”
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