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Solos de viola destacam-se na apresentação da Sinfônica, que também traz Schumann

Foto Divulgação: Gabriel Marin

Concerto tem solista convidado da Orquestra Sinfônica da USP Gabriel Marin em peças de Bartók e Christian Bach

A viola é destaque no concerto da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) na próxima terça-feira (29) no Cine Brasília. Duas das três peças que serão executadas pela Sinfônica sob a regência do maestro Cláudio Santoro destacam o instrumento: Johann Christian Bach, “Viola Concerto em Dó Menor”, e Béla Bartók, “Concerto para Viola e Orquestra”.

O solista convidado será Gabriel Marin, violista do Quarteto Carlos Gomes e da Sinfônica da Universidade de São Paulo. O músico de Piracicaba (SP) lembra que a viola é um instrumento pouco conhecido do público em relação a seus congêneres do naipe de cordas dos quais é intermediário – violino e violoncelo, mais grave que o primeiro e agudo que o segundo.

“A viola tem um timbre aveludado e muito agradável. Entre os instrumentos de corda friccionada é o que mais se aproxima do timbre da voz humana”, explica ele. Marin já foi regido pelo maestro Cohen em duas oportunidades anteriores e se disse “animadíssimo” para a apresentação em Brasília.

Sobre as peças, ressalta na de Bartók (1881-1945) a extrema dificuldade, por exigir que se tire do instrumento suas conotações sonoras mais graves e mais agudas. Ao mesmo tempo, o violista ressalta que se trata de um concerto que “dá prazer enorme na execução porque demanda os mais altos graus de técnica”.

Em relação à composição do último dos treze filhos de Johann Sebastian Bach, destaca que “também é um trabalho interessantíssimo” com participação destacada do violoncelo.

Sobre a peça de Bach, a literatura registra que foi o violista francês Henri-Gustave Casadesus (1879 -1947) que descobriu inacabado o concerto do caçula de Bach, Johann Christian (1735 – 1782) e terminou-o. Os violistas passaram a nomeá-lo também como Concerto para Viola e Orquestra de J.C. Bach/Casadesus.

O programa do concerto de terça-feira completa-se com a composição de Robert Schumann (1810-1856) “Sinfonia Nº 3 Opus 97 Renana”. Foi escrita em 1850 e inspirada na gótica Catedral de Colônia, Alemanha, seu país natal. Segundo Cohen, a música é um marco na carreira profissional do autor romântico e também na concepção musical e temática que propõe.

O maestro da OSTNCS lembra ainda que a “Renana” foi considerada pelo russo Tchaikovsky o ponto máximo da produção de Schumann. A Sinfonia expressaria em sons o que o escritor alemão Goethe descreveu quando de sua visita à catedral em 1823, cuja arquitetura arrojada a música mimetizaria: “a combinação de uma profusão de detalhes numa grandeza única, em gradual transição entre a perplexidade e o entendimento contemplativo”.

Serviço
Concertos para Viola e Schumann
Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro

Repertório
Johann Christian Bach, “Viola Concerto em Dó Menor” (15 min).
Béla Bartók, “Concerto para Viola e Orquestra” (25 min).
Robert Schumann, “Sinfonia Nº 3 Opus 97 Renana” (35 min).
Regência de Claudio Cohen

29 de outubro, 20h
Cine Brasília, Entrequadra Sul 106/107
Entrada franca por ordem de chegada até a lotação do espaço. Os portões são abertos às 19:15 para idosos e pessoas com deficiência e às 19:30 para o público em geral.
Dúvidas e informações: 2017-4030

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